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Tribunal britânico adia para o dia 29 análise da extradição dos antigos responsáveis do Credit Suisse


Envolvidos no caso "dívidas ocultas", eles são acusados pela justiça americana
Envolvidos no caso "dívidas ocultas", eles são acusados pela justiça americana

O Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, no Reino Unido, adiou para o dia 29 o início do julgamento de extradição para os Estados Unidos dos três antigos dirigentes do banco Credit Suiss, acusados pelo justiça americana de envolvimento no esquema de fraude que esteve na origem do chamado caso das “dívidas ocultas” em Moçambique.

Detidos a 3 de Janeiro em Londres, Andrew Pearse, antigo director do banco Credit Suisse, o britânico Surjan Singh, director no Credit Suisse Global Financing Group, e a búlgara Detelina Subeva, vice-presidente deste grupo, estiveram nesta sexa-feira, 8,em tribunal, que, além de adiar o julgamento, renovou as medidas cautelares impostas depois prisão deles, como a apresentação regular à polícia.

A justiça americana alega que aqueles antigos dirigentes participaram no escândalo ao contornar e defraudar os sistemas de controlo das instituições financeiras do grupo, bem como ao omitir informações que podiam levar o banco a desconfiar da transparência das transações.

Além daqueles responsáveis, a justiça americana pediu a detenção do antigo ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, que aguarda na África do Sul a decisão da sua extradição para os Estados Unidos ou para Moçambique, do empresário libanês Juan Boustani, detido em Nova Iorque e que na próxima semana poderá saber se aguarda ou não o julgamento em liberdade, do moçambicano Teófilo Nhangumele e do também moçambicano António Carlos Rosário, que trabalhava nos serviços secretos.

Estes dois últimos foram presos em Moçambique, mas por decisão das autoridades de Maputo.

O chamado caso das “dívidas ocultas”, que permitiu empréstimos ocultos às empresas estatais moçambicanas Ematum, Proindicus e MAM, garantidos pelo Governo, sem qualquer retorno para o Esgtado, lesou o país em cerca de 2.200 milhões de dólares.

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