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Tribunal absolve activistas detidos no Uíge que acusam a polícia de tortura


Manifestação no Uíge, Angola, 24 outubro 2020
Manifestação no Uíge, Angola, 24 outubro 2020

Um deles conta que agentes da polícia fracturam-lhe a perna e o braço numa cela do tribunal

Os três membros do projecto político CRENTES-PJ, liderado pelo rapper Brigadeiro 10 Pacotes, que haviam sido detidos no sábado, 28, pela Polícia Nacional (PN), na província angolana do Uíge, quando tentavam realizar uma vigília de oração a favor do seu líder que se encontra hospitalizado em Luanda, segundo a própria organização, já se encontram em liberdade.

Uíge: Apoiantes do rapper 10 Pacotes libertados - 2:19
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Mateus Amâncio, Manuel Aberto e Ismael Ernesto foram libertados na quarta-feira, 2, pelo tribunal que os absolveu das acusações.

Eles disseram à VOA terem sido “torturados por dois agentes da polícia na cela do tribunal enquanto aguardavam pelo julgamento”.

“Quando nos levaram ao tribunal para sermos ouvidos, nos meteram ainda numa cela lá mesmo no tribunal enquanto aguardávamos o momento, apareceram dois agentes da polícia e começaram a bater-nos ao ponto de me fracturarem a perna e o braço”, revela Mateus Amâncio.

O coordenador provincial da comissão Instalador dos CRENTES-PJ no Uíge, Salvador dos Santos Vovito, acrescentou que os dois agentes “foram responsabilizados pelo tratamento dos lesados diante do juiz”.

Entretanto, o advogado de defesa Martins André, que não quis prestar declarações à imprensa, apenas lamentou o facto de o tribunal não ter processado os agentes da PN, que também não se pronunciou sobre o caso.

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