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Trabalhadores da TCUL param na terça-feira em Luanda


Exigem pagamento de quatro meses de salários em atraso.

Os trabalhadores da empresa Transportes Coletivos e Urbanos de Luanda (TCUL) fazem greve na próxima terça-feira, 21, se até lá não receberam os quadros meses de salário em atraso e seja garantida, por escrito, a regularidade dos pagamentos.

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A confirmação é de Domingos Epalanga, secretário-geral adjunto da comissão sindical dos trabalhadores da empresa Transportes Coletivos e Urbanos de Luanda (TCUL): “nós vamos a greve na terça-feira” questionado sobre as razões desta decisão, o sindicalista, avançou a VOA, que dentre “várias recomendações, esta o pagamento imediato dos salários em atraso, a salvaguarda dos próximos salários, que deverão ser pagos com regularidade e pontualidade, o pagamento de impostos descontados aos trabalhadores, nomeadamente o Imposto do Rendimento de Trabalho (IRT), segurança social e a quota sindical” disse.

Epalanga, acrescentou ainda que desde princípios de 2015, que a entidade patronal se furtou ao pagamento desses impostos, entretanto descontados aos cerca de dois mil trabalhadores daquela empresa.

Segundo Epalanga, os impostos foram descontados aos trabalhadores de abril de 2015 a janeiro deste ano, por altura da regularização de nove meses de salários em atraso, que resultou numa paralisação total dos trabalhos por cerca de um mês.

"Regularizaram-se os salários de abril a janeiro deste ano, deduziram dos nossos salários os descontos, mas esses valores não foram alocados para as instituições e sem prévio conhecimento da comissão sindical, o patrão fez isso à revelia", referiu Domingos Epalanga.

Num encontro, realizado no dia 07 deste mês entre o ministro dos Transportes, a direção da TCUL e os trabalhadores, a entidade patronal foi questionada pelo governante angolano sobre a situação, mas a resposta foi alegadamente evasiva.

"Neste encontro o ministro questionou o patrão, perguntando o que se passava com esta questão, o patrão alegou que não tinha regularizado a segurança social e o IRT de 2014, por isso fez o uso dos valores de 2015 para pagar 2014. Esta justificação surpreendeu também o ministro", disse o sindicalista.

Entretanto, a VOA sabe que outra transportadora que poderá conhecer uma greve em breve é a SGO, que tem 5 meses em atrasos.

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