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Trabalhadores do Ministério das Finanças de São Tomé e Príncipe suspendem greve


Direcção das Finanças de São Tomé e Príncipe
Direcção das Finanças de São Tomé e Príncipe

Governo satisfez reivindicações após início da greve na terça-feira

Os trabalhadores do Ministério das Finanças em São Tomé e Príncipe decidiram levantar a greve de três dias iniciada na terça-feira, 29, após um entendimento com Governo.

O protesto de três dias exigia a anexação dos subsídios aos salários e melhores condições de trabalho e, segundo os sindicatos, a adesão chegou a 90 por cento na terça-feira.

“Nesta reunião com o ministro conseguimos chegar a um entendimento quanto às nossas reivindicações”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ministério das Finanças, Alexandre Costa, no final de um encontro com o ministro da tutela, Osvaldo Vaz.

O acordo aconteceu após o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus ter apelado à compreensão e diálogo por parte dos trabalhadores numa declaração em que aventou a possibilidade de pagar o 13º mês aos trabalhadores da função pública.

“Eu peço que haja alguma compreensão porque dialogo tem de ser uma virtude até porque …somos seres humanos, temos dom da palavra, temos de sentar para conversar”, disse Bom Jesus.

A paralisação, incialmente prevista para terminar amanhã, 31, aconteceu numa altura em que estão por processar os salários de dezenas de sectores da função pública.

Ña justificação da greve, Alexandre Costa denunciou que “todas as direcções funcionam com equipamentos obsoletos, os gabinetes molham nos dias de chuva, as casas de banho não têm mínimas condições”.

Desajustes salariais apontam para mais greves

Para o analista Liberato Moniz, esta greve só peca pelo momento em que está a acontecer, ou seja, numa altura em que dezenas de sectores da função pública aguardam pelo processamento dos salários dos seus funcionários.

“Esta reivindicação para a anexação dos subsídios aos salários deve ter um carácter nacional porque não se compreende que os trabalhadores tenham subsídios superiores ao próprio salário para depois ficarem com uma reforma de miséria quando se aposentam”, defende o analista.

Moniz diz também que a onda de greves que ameaça São Tomé e Príncipe nesta altura tem a ver com “os desajustes salariais na administração publica”.

"Há pessoas com salários chorudos e outras recebem miséria", afirmou Liberato Moniz.

Educação e Saúde estão entre os sectores que também ameaçam paralisar os serviços nos próximos dias.

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