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Trabalhadores da Sociedade Mineira do Cuango denunciam maus-tratos e discriminação racial e salarial


Deputados da UNTA reuniram-se com a direcção da empresa

Mais de 400 trabalhadores nacionais da Sociedade Mineira do Cuango, na província da Lunda Norte denunciam más condições de trabalho, discriminação salarial e maus-tratos por parte de trabalhadores estrangeiros nas minas de diamantes.

A Comissão Sindical dos Trabalhadores da Sociedade Mineira do Cuango denunciamanifestações de racismo e acusam a direcção da empresa de nada fazer para combater os maus-tratos.

Trabalhadores da Sociedade Mineira do Cuango denunciam maus-tratos e discriminação racial e salarial - 2:40
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No total são 600 trabalhadores, sendo 400 angolanos e 200 “expatriados”.

"Somos mal pagos em termos, só os expatriados são respeitados, os angolanos não são valorizados em termos salariais porque os técnicos estrangeiros ganham acima de oito mil dólares mês ao passo que o angolano recebe 50 mil e em kuanzas (o equivalente a 150 dólares)", denuncia Nélson Samuhanga, coordenador da comissão sindical.

Ela acrescenta que há 14 anos que a empresa mineira não tem um qualificador profissional que afere trabalhador de primeira, segunda ou de terceira, nem a direção da Endiama controla a qualidade e a experiência dos trabalhadores estrangeiros.

“O coordenador desta mina, engenheiro Michel Wehr, não respeita as leis e os funcionários angolanos, pratica racismo, somos maltratados, nós estamos a construir a vila mineira dos trabalhadores com o nosso salário sem apoio da empresa", denuncia Samuhanga.

Outro membro da comissão sindical e trabalhador da empresa, Marcos Kitumba, denuncia também abuso racial, material de trabalho em estado degradado, alimentos sem qualidade e água não tratada para os trabalhadores entre muitas outras dificuldades.

Um grupo de deputados da UNITA encontrou-se nesta semana com a direcção da Sociedade Mineira do Cuango, mas os responsáveis não se pronunciaram nem a VOA teve acesso ao teor das conversas.

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