Três capacetes azuis das Nações Unidas do Burundi foram mortos e dois outros feridos pelo que a ONU chamou de "combatentes armados não identificados" na República Centro-Africana na sexta-feira, 25, enquanto o país se encaminha para as eleições nacionais no domingo.
A ONU disse em comunicado que os ataques às forças da ONU e da África Central ocorreram em Dékoa, na municipalidade de Kémo, e Bakouma, na municipalidade de Mbomou, mas não deu mais detalhes.
O porta-voz do secretário-geral António Guterres, Stéphane Dujarric, disse que os ataques contra as forças de manutenção da paz da ONU "podem constituir um crime de guerra".
Guterres, de acordo com o comunicado, pediu às autoridades centro-africanas que investigassem os "abomináveis" ataques e "levassem rapidamente os perpetradores à justiça".
Guterres reafirmou o compromisso contínuo da ONU de trabalhar em estreita colaboração com os parceiros nacionais, regionais e internacionais, afirma a declaração, pela paz e estabilidade na República Centro-Africana.
A Coalition of Patriots for Change, um grupo rebelde que tem lutado contra o governo, cancelou na sexta-feira um cessar-fogo de três dias e disse que retomaria as investidas em direção a Bangui, a capital.
Enquanto isso, Faustin Archange Touadera, o Presidente do país, acusou o predecessor François Bozize de planear um golpe.
Bozize, sancionado pela ONU e proibido de concorrer, negou a acusação.