A companhia francesa Total deve concluir no final do mês o pacote de 16 mil milhões de dólares que vai investir no projeto de gás natural em Moçambique, que se afigura como o maior investimento direto estrangeiro em África.
A VOA tinha avançado, a 4 de julho, que a petrolífera francesa tinha conseguido o valor, agora confirmado pelo escritório de advocacia White & Case LLP, que assessorou os financiadores, e que é citado pela agência de notícias financeiras Bloomberg.
Entre os investidores estão o Banco Africano de Desenvolvimento, com 400 milhões de dólares, o Banco Japonês para Cooperação Internacional, com 3 mil milhões de dólares, o Banco de Exportação e Importação dos EUA e Oil India Ltd.
Este financiamento revela, segundo a publicação, a confiança da Total e dos investidores no projeto de exploração de gás na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, conhecido por Moçambique LGN e orçado em 23 mil milhões de dólares.
O projeto, que pode mudar completamente economia do país, ainda enfrenta desafios significativos, incluindo a sua localização em Cabo Delgado, que desde 2017 tem sofrido ataques por alegados radicais islâmicos que já deixaram cerca de 900 mortos e milhares de deslocados.
A petrolífera francesa mantém o ano de 2024 como prazo previsto para a primeira entrega de LNG e pretende atingir a plena produção um ano mais tarde.