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Testemunha de acidente em que supostamente morreu funcionário da PGR era um cidadão congolês


Greve na Procuradoria-Geral da República, Luanda, Angola
Greve na Procuradoria-Geral da República, Luanda, Angola

Versão contraria posição da polícia e da PGR sobre a morte de Lucas Chivukuvuku

A morte de um funcionário da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola no dia 5 de Julho continua a provocar controvérsia e reacções.

Enquanto a polícia e a PGR garantem que Lucas Chivukuvuku morreu num acidente de carro, os familiares afirmam que ele foi assassinado como queima de arquivo.

Agora, a VOA falou com uma testemunha que alegadamente se encontrava na viatura acidentada e da qual resultou um morto que, garante, não era o funcionário da PGR, mas um cidadão congolês.

O jovem que preferiu não ser identificado temendo represálias contou à VOA que estava na viatura que protagonizou o único acidente registado na área referida pola polícia.

Era uma viatura hiace, vulgo quadradinho, no horário que a policia indica, que tinha oito ocupantes e fazia a rota de taxi Congolenses-Estalagem em Viana.

“Eu estava na mesma viatura e o senhor do banco da frente aparentava mais de 45 anos de idade, e ao lado da unidade operativa de Luanda o carro, que tinha como destino a Estalagem em Viana, quando o motorista tentou fazer a rotunda em velocidade embateu no passeio, de seguida o tal senhor, que estava embriagado, abriu a porta e bateu com a cabeça no asfalto, acabando por morrer no local”, conta

A testemunha que diz viver no Golfe, mas na altura apanhava um táxi para ir passar a noite na Estalagem em Viana em casa do tio, garantiu que a viatura não chegou a capotar.

“Depois apareceram algumas pessoas que identificaram a vítima como sendo familiar e pela linguagem parecia ser um cidadão congolês”, explica.

O caso continua ainda em investigação pelas autoridades e os familiares prometeram pronunciar-se nos próximos dias.

Recorde-se que a vítima era sobrinho do presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, que refutou, desde o primeiro dia, a versão da polícia.

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