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Taxistas e Polícia Nacional não se entendem quanto ao regresso à atividade na Huíla


Lubango, capital da província angolana da Huíla
Lubango, capital da província angolana da Huíla

O regresso do serviço de táxi na cidade do Lubango, capital da província angolana da Huíla, nesta terceira fase do estado de emergência está ser marcado por alguns desentendimentos entre taxistas e as autoridades policiais.

Quase uma semana depois da retoma da atividade que ficou suspensa ao longo da primeira fase do período de exceção, alguns taxistas ainda reclamam da burocracia da Polícia Nacional (PN)na atribuição dos passes livres-trânsito que definem as rotas e a consequente permissão para circulação.

Para o presidente da Associação dos Taxistas da Huíla, Alberto Daniel, algumas exigências deviam ser devidamente acauteladas em função do contexto do país.

“No momento em que estávamos a legalizar as viaturas é quando esta pandemia veio e de repente foi declarado o estado de emergência. Depois a vai a Direcção de Viação e Trânsito trata o auto de inspecção também é um documento que para sair é preciso orações, fruto disso é o que está a acontecer. Muitas das licenças caducaram na vigência do estado de emergência, muitas foram antes, mas não se podia fazer nada porque as instituições estavam fechadas”, conta Daniel.

O pagamento de mil kwanzas para a obtenção das credenciais é igualmente questionado pelos taxistas, mas a PN esclarece que as revindicações dos também conhecidos homens dos quadradinhos (designação genérica das viaturas dos taxistas) apesar de legítimas não têm fundamento.

Para o porta-voz do Ministério do Interior na província, Manuel Halaiwa, as exigências em vigor decorrem apenas da necessidade de melhor organização do serviço de táxi em contexto de confinamento social.

“ É uma medida que se enquadra no período do estado de emergência e visou por um lado designar as rotas dos taxistas e facilitar a mobilidade das pessoas fundamentalmente nos dias de funcionamento dos mercados. Quanto ao pagamento de mil kwanzas, como é sabido, a polícia não tem gráfica para a produção desse material, teve de socorrer-se a designers e às gráficas locais para a produção e impressão, o que para efeito cada interessado custeia as suas despesas”, explica Halaiwa, acrescentando que “o exercício de táxi é uma actividade económica, daí que os interessados devem custear essas despesas”.

Refira-se, entretanto, que o uso obrigatório de máscaras pelos passageiros nos táxis e transportes públicos está a ser uma das exigências das autoridades nesta nova fase do estado de emergência em que foram aliviadas algumas restrições.

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