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Taxistas angolanos paralisam actividade no dia 10 em protesto


Taxistas ou kandongueiros na zona do Zango, em dia de greve dos taxistas. 5 Out., 2015 Luanda, Angola
Taxistas ou kandongueiros na zona do Zango, em dia de greve dos taxistas. 5 Out., 2015 Luanda, Angola

Eles dizem que são alvo de discriminação, tratamento desigual e parcialidade promovida pelo decreto de restrições do combate à Covid-19

Os taxistas angolanos vão paralisar as suas activistas na próxima segunda-feira, 10, a nível nacional, como protesto pelo que consideram discriminação, tratamento desigual e parcialidade promovida pelo decreto de restrições do combate à Covid-19.

A decisão foi tomada na quarta-feira, 5, pela Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Associação dos Taxistas de Angola (ATA) e Associação dos Taxistas de Luanda (ATL).

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O presidente da ANATA diz que ela decorre do fracasso das negociações com o Governo.

Só na capital, Luanda, cerca de 33 mil taxistas vão paralisar as suas actividades na próxima segunda-feira, 10.

Eles alegam perseguição policial, violação dos direitos económicos e sociais, discriminação no cumprimento do decreto sobre o estado de calamidade pública entre táxis e autocarros, falta de profissionalização da actividade e da carteira profissional e a exclusão dos taxistas nas políticas públicas.

“A paralisação de segunda-feira, tem a ver com a habitual discriminação. Depois da paralisação anterior que tinha sido cancelada, voltaremos a paralisar no dia 10 pelos mesmos motivos, ou seja por tratamento desigual que a polícia vem tendo com o decreto de calamidade, os policiais fiscalizam apenas nos azuis e brancos e não nos autocarros, continua a carregar 100% até mais e os taxistas estão a ser multados na ordem de 50 a 100 mil kwanzas”, afirma à VOA Francisco Paciente, presidente da ANATA.

Francisco Paciente diz já ter envidado esforços para uma resolução administrativa dos pontos constantes do seu caderno reivindicativo, mas sem qualquer resposta das autoridades.

“A polícia, por exemplo, diz que só estamos a cumprir ordens e nós sabemos que sim, só que está a fazer de forma parcial”, reforça.

O sindicalista avança que na província do Huambo houve uma paralisação na quarta-feira, 5.

"Todas as outras que ainda não entraram, vão entrar no dia 10”, garante.

Sem precisar os danos, Francisco Paciente afirma que cada táxi leva em média 240 passageiros por dia, multiplicando por 33 mil táxis, cerca de 8 milhões de pessoas ficarão prejudicadas, por ser um dos serviços mais procurados no país, devido à deficiência do transporte público de autocarros.

Os taxistas querem como interlocutor para resolução destes problemas o Presidente da República, por não encontrarem respostas junto de outros responsáveis.

"Todos os sítios em que passamos já nos disseram que o decreto é do Presidente da República então, se tivermos que ter um interlocutor só mesmo o Presidente da República”, conclui Francisco Paciente.

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