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Supremo Tribunal dos Estados Unidos mantém uso de pílula abortiva


Uma paciente com a pílula Mifepristone numa clínica em Illinois, 20 Abril 2023
Uma paciente com a pílula Mifepristone numa clínica em Illinois, 20 Abril 2023

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu manter o acesso à pílula abortiva mifepristona, enquanto decorre um processo contra o seu uso em tribunais inferiores.

O órgão deu assim provimento, na sexta-feira, 21, a pedidos de urgência do Governo Biden e do fabricante do comprimido, Danco Laboratories, para permitir que as mulheres continuem a ter acesso à pílula.

A decisão suspende uma liminar de um juiz federal do Texas, que no início deste mês ordenou restrições ao medicamento.

Dois juízes do tribunal de nove membros - os conservadores Clarence Thomas e Samuel Alito - discordaram da decisão.

A decisão do tribunal inferior foi emitida a 7 de Abril por um juiz federal no Texas, depois que uma coligação de grupos antiaborto e médicos argumentar que o regulador de medicamentos dos EUA, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, nas siglas em inglês) ter aprovado indevidamente a mifepristona em 2000, sem avaliar seus riscos e benefícios.

Espera-se que esta decisão tenha recurso e que o próprio Supremo Tribunal venha a tomar uma decisão final.

A decisão permite que o medicamento continue a ser usado até pelo menos ao próximo ano, à medida que os recursos aconteçam.

Mifepristone é usado em cerca de metade nos abortos realizados no país.

O medicamento pode ser usado por mulheres para interromper a gravidez nas primeiras 10 semanas, sem necessidade de procedimento cirúrgico e está disponível por correio sem uma visita pessoal a um médico.

A pílula é também usado em casos de abortos espontâneos.

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