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STP: "Partido da Independência" enfrenta crise de liderança com muitos desafios à frente


Comício do MLSTP-PSD, São Tomé e Príncipe
Comício do MLSTP-PSD, São Tomé e Príncipe

Há 22 anos que o MLSTP-PSD não vence eleições legislativas e há 33 anos que não elege um Presidente da República.

Analistas políticos, atuais e antigos dirigentes do Movimento para Libertação de São Tomé e Príncipe- Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) admitem que a crise de resultados e de liderança que se tem verificado no partido é fruto da falta de união, motivada por interesses individuais e grupos.

Há 22 anos que o MLSTP-PSD não vence eleições legislativas e há 33 anos que não elege um Presidente da República.

O adiamento, sem nova data, do congresso do maior partido da oposição que estava marcado para 30 de março de 2024 abriu um novo debate sobre as divergências e crises de liderança e de resultados no MLSTP-PSD.

“São interesses pessoais e de grupos. Temos que ser muito claros nisto. Os mesmos grupos que se unem para eleger um líder são os mesmos que provocam a sua queda quando não veem os seus interesses pessoais satisfeitos”, lamentaJoaquim Rafael Branco, antigo presidente do MLSTP, sublinhando que “por essa via o partido dificilmente voltará a ganhar eleições no país”.

O membro do Conselho Nacional dos sociais democratas Waldner Boa Morte defende que "o MLSTP-PSD deve ir ao encontro dos jovens e falar a linguagem que a juventude quer ouvir de forma a que essa juventude possa rever no partido uma força política diferente que quer contar com os mais novos para mudar o rumo do partido e do país”.

Noutro olhar, de fora do partido, o analista político Liberato Moniz também aponta interesses individuais e de grupos como causas do fracasso eleitoral do MLSTP-PSD após a instalação da democracia em 1990.

“Se repararmos bem os piores resultados do MLSTP são nas eleições presidenciais porque para os militantes desse partido esse ato cria condições e regalias para uma única pessoa e eles não se unem à volta desta candidatura”, afirma Moniz para quem “nas legislativas eles até têm tido melhores resultados, independentemente de ganhar ou não ganhar, porque há mais cargos e interesses em jogo”.

Entretanto nos últimos 22 anos, o chamado partido da independência esteve por três vezes no comando da governação, mas através de coligações que afastaram do poder os partidos que nessas ocasiões venceram as eleições sem maioria absoluta.

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