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Filho de Siad Barre em Maputo em busca de apoios para a Somália


Famílias somalis deslocadas devido à guerra civil
Famílias somalis deslocadas devido à guerra civil

Maslah Siad Barre está muito interessado na estratégia que os dirigentes moçambicanos usaram para acabar com o longo conflito armado em 1992

Barre à procura de uma solução

O filho do antigo presidente Siad Barre, da Somália, mantém contactos em Moçambique com diversas personalidades ligadas ao governo e à Frelimo, visando apoios parta uma solução negociada para a guerra civil no seu país. Entre outros contactos, Masiah Siad Barre, líder do Partido Democrático da Somália, foi recebido por Verónica Macamo, presidente do Parlamento moçambicano.

Maslah Mohamed Siad Barre, está em Moçambique numa visita considerada privada. No entanto, a sua delegação desdobra-se em encontros com várias personalidades nacionais, com destaque para os veteranos políticos da Frelimo como Marcelino dos Santos e o General na reserva, Alberto Chipande, antigo Ministro da Defesa Nacional.

Fontes da delegação do filho de Siad Barre disseram que a imprensa não é convidada a cobrir os encontros, porque se trata de visita privada. As fontes revelaram, no entanto, que Maslah Siad Barre está muito interessado na estratégia que os dirigentes moçambicanos usaram para acabar com o longo conflito armado em 1992.

A Somália é considerado um estado falhado desde a queda do governo de Mohamed Siad Barre em 1991. Milhares de somális vivem no estrangeiro como refugiados, porque em casa não há paz. Aliás, o próprio filho do antigo presidente vive no Quénia e agora procura mobilizar os seus compatriotas para a pacificação do país. Maslah Siad Bare é presidente do Partido Democrático da Somália.
Em Moçambique, os dirigentes que no passado foram aliados do governo de Siad Bare evitam dar cara e voz sobre a situação na Somália.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique negou mandar um seu representante para participar num debate sobre a Somólia promovido pela televisão pública. O Ministério disse que o assunto é muito sensível.

No entanto, quase todos os dias chegam a Moçambique imigrantes somalis à procura de melhores condições de segurança.

A seca que assola a região do Corno de África torna a situação dos somális mais complicada em casa. Mais de 720 mil crianças somális enfrentam subnutrição aguda e necessitam de ajuda de emergência.
Todavia, um membro da comunidade dos imigrantes Somalis em Moçambique desdramatiza o impacto da seca e pede apoio para o desarmamento dos senhores de guerra que semeam terror.

“Temos comida, terra e casas na Somália, mas falta paz. Pedimos apoio para a recolha de armas” – disse Ibrahim Noor, um somali que integra a delegação de Sia Barre. Mas o seu apelo cai em ouvidos moucos em Moçambique e em África em geral.

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