Um homem-bomba detonou um carro-bomba num posto de segurança fora da capital da Somália no sábado, matando, pelo menos, seis agentes de segurança e ferindo outros sete, disseram um oficial de segurança e residentes à VOA Somali.
O grupo militante al-Shabab assumiu a responsabilidade pelo ataque matinal, no qual o homem-bomba dirigiu um carro cheio de explosivos contra um campo administrado pela polícia militar somali, em Elasha Biyaha, cerca de 20 quilometros a oeste de Mogadíscio.
Um oficial de segurança que pediu para não ser identificado, porque não está autorizado a falar com os meios de comunicação social disse à VOA que os soldados dispararam contra o carro que se aproximava, mas disse que as janelas estavam protegidas com metal para desviar as balas, permitindo-lhe atingir o perímetro.
A informação sobre o carro e as vítimas foi confirmada à VOA por Mohamed Ibrahim Barre, governador da região de Lower Shabelle, onde Elasha Biyaha está localizada.
O ataque teve como alvo soldados designados para interceptar carros-bomba da Al-Shabab, acrescentou o funcionário.
O governo somali enviou centenas de pessoal recém-treinado para Mogadíscio e arredores, no início deste ano, para reforçar a segurança e evitar ataques retaliatórios, enquanto o exército nacional, trabalhando com milícias locais, combate o al-Shabab no centro do país.
No início desta semana, uma explosão de um homem-bomba suicida da Al-Shabab, num restaurante de Mogadíscio matou um proeminente jornalista de televisão somali, Abdifatah Moalim Nur Qeys.
O ataque foi fortemente condenado pelo governo somali e por grupos de defesa dos direitos da comunicação social.
Procurados
No dia seguinte, os Estados Unidos anunciaram uma recompensa de cinco milhões de dólares por informações sobre a localização do vice-líder da Al-Shabab, Abukar Ali Adan.
“Adan passou vários anos como chefe militar do al-Shabaab, depois de anteriormente chefiar o Jabhat, o braço armado do al-Shabaab”, disse um comunicado do programa Recompensas pela Justiça do Departamento de Estado dos EUA.
Os EUA sancionaram originalmente Adan como terrorista global, em Janeiro de 2018.
Ele se junta a outros líderes da Al-Shabab na lista de procurados dos EUA, incluindo o emir do grupo, Ahmed Diriye, ou Abu Ubaidah; o comandante de operações Mahad Karate e o especialista em explosivos Jehad Mostafa. Para cada um, os EUA ofereceram recompensas de US$ 10 milhões por informações sobre o paradeiro.
Entretanto, o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, regressou sexta-feira à sua base temporária na cidade central de Dhusamareb, onde tem supervisionado as operações militares e comunitárias locais contra a Al-Shabab.
Mohamud trabalha em Dhusamareb desde o início de Agosto. No dia 8 de Outubro, viajou para a Eritreia, onde soldados somalis têm estado a treinar.
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