O Presidente da Guiné-Bissau diz não hesitar apoiar uma intervenção militar no Níger, se for a última opção encontrada pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para repor a legalidade constitucional interrompida com o golpe de 26 de Julho.
À partida para Abuja, na Nigéria, onde se realiza amanhã a cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governos da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, disse nesta quarta-feira, 9, que caso seja aprovada a opção armada, ele "imediatamente" convocará o Conselho de Defesa Nacional para decidir se o país envia ou não militares.
"Neste caso não é preciso passar por Parlamento porque não se trata de uma guerra no país e nem é a Guiné-Bissau que está em guerra", sublinhou o Presidente guineense, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, ao lado do primeiro-ministro, Geraldo Martins, ontem empossado.
"Golpe de Estado deve acabar na CEDEAO", afirmou Sissoco Embaló, reiterando que "os militares devem voltar às casernas no Níger".
O Chefe de Estado enfatizou, no entanto, que há que procurar a paz e que "a guerra é o último recurso para fazer prevalecer a paz".
Ele ainda reiterou que "a autoridade válida no Níger é o Presidente Bazoum, porque foi eleito pelo povo nigerino".
A Junta Militar que governa o Níger mantém a sua posição de que não irá recuar e avisou que não permitirá qualquer intervenção estrangeira.
Também avisou que, por agora, não há condições para receber uma delegação da CEDEAO.
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