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Sissoco Embaló agradece ajuda à luta pela independência e pede reforma da ONU


Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, discursa na 78a. Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, 21 setembro 2023
Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, discursa na 78a. Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, 21 setembro 2023

Ao discursar na ONU, Presidente guineense considerou que o multilateralismo é um instrumento indispensável e um imperativo moral para um mundo solidário de paz e bem-estar para todos". 

O Presidente de Guiné-Bissau associou-se ao coro de líderes mundiais, em particular do chamado Sul Global, para pedir a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que África tenha um papel mais relevante e criticou os golpes de Estado ao intervir nesta quinta-feira, 21, na 78a. Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Umaro Sissoco Embaló destacou a celebração dos 50 anos da Independência Nacional do seu país, no próximo dia 24, e afirmou que a Guiné-Bissau reitera a "determinação e energia com vista a consolidação da unidade nacional e vai mobilizar-se ainda mais para, como plasmado no hino nacional, `construir na pátria imortal a paz e o progresso".

A propósito, o Presidente agradeceu a "extraordinária ajuda dada à nossa luta de libertação nacional pela ex-União Soviética, República da Guiné, Cuba, Argélia, Marrocos e outros países, como igualmente as Nações Unidas na sua histórica visita às nossas regiões libertadas, onde confirmou a existência de um controlo político, administrativo e militar efetivo".

Reforma do Conselho de Segurança e papel preponderante de África

Sissoco Embaló destacou, no entanto, a urgência da reforma da ONU.

“A reforma do Conselho de Segurança, de que há muito se considera como necessária, deverá tomar em conta a posição da União Africana, a fim de garantir uma representação realista e mais justa, em adequação com o papel cada vez mais preponderante da África na construção e manutenção do equilíbrio do mundo", afirmou Umaro Sissoco Embaló, que sublinhou que "a melhor resposta aos desafios com os quais a comunidade internacional está confrontada, passa pelo reforço do multilateralismo e da cooperação internacional".

Para a Guiné-Bissau, considerou que "o multilateralismo é um instrumento indispensável e um imperativo moral, se, queremos construir juntos um mundo solidário de paz e bem-estar para todos".

Nesse sentido, o Chefe de Estado guineense refendeu a necessição de introdução de “mudanças necessárias na arquitetura da paz, da segurança internacional e no sistema financeiro mundial”.

Condenação aos golpes

Quanto aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o Presidente guineense apelou a "ações concertadas" para se alcançar esses objetivos até 2030.

Sissoco Embaló afirmou que desde que assumiu a Presidência da República da Guiné-Bissau em 2020 apostou no "diálogo, na consolidação da paz, da estabilidade política e no desenvolvimento socioeconómico no nosso país, bem como na sub-região da Africa Ocidental e além", princípios que também defendeu, segundo ele, enquanto presidente da CEDEAO.

"A esse propósito, queremos realçar a nossa grande preocupação perante o ressurgimento de golpes de Estado e o retrocesso da Democracia e do Estado de Direito em alguns países da nossa sub-região, em flagrante violação da livre escolha das populações expressa nas urnas", disse.

Alterações climáticas são um tópico dominante na Assembleia da ONU
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No capítulo das mudanças climáticas defendeu o fortalecimento dos espaços multilaterais e pediu que se cumpram "os acordos de Paris e da COP27, incluindo o fundo de perda e danos”.

Como presidente da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária, Umaro Sissoco Embaló destacou a prioridade da luta contra a doença em África.
Ele revelou que, devido aos esforços acumulados da iniciativa, “mais de 1,5 mil milhões de casos de malária foram evitados e 10,5 milhões de vidas foram salvas em África desde o ano 2000”.

O Presidente da Guiné-Bissau pediu à comunidade internacional que trabalhe para alcançar as metas globais de acabar com as epidemias de malária e atingir a cobertura universal de saúde até 2030.

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