O Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) de Angola promete acompanhar, por intermédio do seu Departamento Jurídico, as investigações à morte do seu secretário na província angolana de Benguela, Armindo Cambelele, numa altura em que vai alertando para indícios de assassinato.
Após ter falado em ‘’suposto suicídio por enforcamento’’, uma tese contrariada por familiares do malogrado, intimidado a poucos dias da greve ora levantada, a Polícia promete prestar esclarecimentos à opinião pública nos próximos dias.
Em posse dos resultados da perícia médica, o secretário em exercício do Sinprof, Domingos Manuel, diz, em entrevista à VOA, que houve uma simulação que visou transmitir a ideia de suicídio.
"Virá a Benguela o nosso jurista, vai fazer o acompanhamento junto ao SIC. Em função da perícia médica, afastamos o suicido. Foi apenas uma simulação, foi asfixia e estrangulamento. Contra factos não há argumentos, acreditamos nos resultados e aguardamos que a polícia faça o seu serviço e apresente os mentores’’, apela o secretário em exercício do Sinprof.
Nos últimos contactos com Armindo Cambelele, quando se preparava a paralisação no sector da Educação, a neta com quem vivia e a mãe dos filhos retiveram, conforme salientam, queixas de ameaças devido à participação no movimento grevista.
Ao Novo Jornal on-line, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) em Benguela, superintendente António José, garante que as causas da morte vão ser reveladas nos próximos dias.
A VOA apurou que existem novos desenvolvimentos, que podem ser diferentes do ‘’suposto suicídio’’.
Cambelele, 57 anos de idade, foi encontrado morto na sua casa no passado dia 6.