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Serviços especializados em hospitais de Malanje podem encerrar


 Aventino Sebastião director da saúde
Aventino Sebastião director da saúde

Contratos com médicos estrangeiros vão terminar sem possibilidade de novo recrutamento

Os serviços especializados dos hospitais Regional e provincial Materno Infantil de Malanje podem encerrar nos próximos meses com o fim de contratos dos cerca de dez médicos expatriados de nacionalidades russa e cubana.

Malanje sem especialistas médicos - 2:12
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O director do Gabinete provincial da Saúde, Avantino Sebastião, disse esta terça-feira, 26, que a situação é preocupante para o sector que nos últimos dois anos teve uma redução demais de 50 por cento especialistas estrangeiros.

“Nos próximos dois meses acreditamos que já não contaremos com qualquer médico expatriado dos serviços de especialidade”, disse Sebastião que acrescenta que foi “avançado que de momento não há possibilidades de substituição desses médicos”.

O governo local está impossibilitado de ultrapassar a crise, antevendo-se a morte de muitas pessoas se não forem transferidas para as províncias de Luanda, Kwanza-Norte ou Uíge com os referidos serviços normalizados.

“Nós temos muitos casos de abdómens agudos, muitos casos de traumatismo de acidentes e na maternidade a situação é muito mais crítica, porque neste momento contamos unicamente com um especialista em genicobstetrícia, com uma população de mais de um milhão de habitantes para acudir aquelas situações e nós sabemos que temos muitas situações de cirurgia”, alertou.

A província de Malanje apenas cinco médicos especialistas angolanos, mas a ocuparem cargos de direcção em diferentes serviços de saúde.

Avantino Sebastião, quase a lacrimejar, admitiu que a região não é atractiva para recrutar novos médicos no mercado nacional.

“Mesmo em regime de contrato não encontramos no nosso mercado pessoas disponíveis que queiram trabalhar em Malanje”, referenciou, prevenindo que “é preocupante, é grave com transtornos e implicância de situações menos abonatórias a acontecer”.

Pouco mais de cem médicos angolanos existem nos 14 municípios da província de Malanje sem qualquer especialização, onde também é gritante a ausência de equipamentos médicos.

Em formação especializada em hospitais de Luanda estão cerca de 30 médicos clínico-gerais.

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