No Brasil, 155 pessoas são assassinadas por dia, segundo o Anuário de Segurança Pública, sem citar os casos de roubos, estupros e demais crimes de menor potencial.
Os números da violência confirmam que a segurança pública será um dos maiores desafios para quem for eleito presidente da República, em outubro.
Os brasileiros há muito tempo se sentem inseguros nas ruas. Não importa se de dia ou durante a noite. Todos temem ser vítimas dos criminosos.
O membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado de Minas Gerais, Bruno Candido entende que esse problema da insegurança no Brasil só pode ser resolvido a longo prazo.
“O sucesso da segurança pública no país ou em qualquer outro que seja passa por políticas públicas de prevenção e não repressão. E para falarmos nela têm que ser de forma plural, ou seja, campanhas nas áreas de educação, saúde, enfim, em vários setores e não apenas na área de estado de defesa social. Essas soluções mais drásticas de armar a população, de pena de morte, de prisão a qualquer custo, no meu entendimento só piora a situação da segurança pública porque vai gerar ais violência”, disse.
O especialista em segurança pública, Henrique Abi-Ackel Torres, concorda que são políticas de longo prazo que vão resolver essa questão. E cita três pontos chave para melhorar a segurança: o sistema carcerário, a resolução de homicídios e o combate às drogas, além de uma comunicação integrada entre as polícias.
“A gente precisa ter, em primeiro lugar, um sistema único entre as polícias para que elas se comuniquem. Isso não é culpa delas, mas do estado que não consegue dar esse núcleo de informação. Ele é mais fácil e se for implantado dará resultado. Acredito que isso não dá resultado em menos de cinco anos. É uma situação em que não podemos solucioná-la com tanta urgência”, ressaltou.