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Sem ajuda externa, os moçambicanos não teriam detalhes das “dívidas ocultas”, dizem analistas


Tribunal Administrativo de Maputo
Tribunal Administrativo de Maputo

Analistas dizem que apesar de vários esquemas para que seja difícil descobrir a corrupção e toda a trama das dívidas ocultas, as coisas vão sendo descobertas e aclaradas, mercê de evidências vindas do exterior, perante a passividade da justiça moçambicana.

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O Presidente do Tribunal Administrativo, Machatine Munguambe, diz que o órgão já "reuniu elementos suficientes para acusar, com segurança, no processo relacionado com as dívidas ocultas".

Mas o economista João Mosca considera estranho que os tribunais moçambicanos, incluindo o Administrativo, tenham precisado de cerca de dois anos para tratar desta questão.

"Os tribunais moçambicanos tiveram cerca de dois anos sem praticamente mexer no assunto, mas os processos na África do Sul e nos Estados Unidos da América, foram dando evidências de claras situações de corrupção, envolvendo não só dirigentes como também familiares desses dirigentes", afirma.

Para João Mosca, "neste processo existe um "timing" jurídico que está muito relacionado com o "timing" político, pelo que é muito natural o que está acontecendo, na medida em que só agora, após as eleições, é que começam a aparecer os tribunais dizendo que existem mais do que evidências", relativas às dívidas ocultas.

O político Raúl Domingos diz que sem a ajuda externa, nada se saberia sobre este assunto, "porque todos nós sabemos que o assunto ganhou outros contornos por causa da detenção de Manuel Chang, na África do Sul".

Por seu turno, o analista Alberto Ferreira, diz que esta questão das dívidas ocultas é desumana, "porque prejudicou toda a nação moçambicana".

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