O secretário de Defesa americano, Mark Esper, afirmou nesta terça-feira, 7, que Washington quer diminuir as actuais tensões com o Irão, mas o país está pronto para terminar qualquer guerra que possa ser iniciada.
“Não queremos iniciar uma guerra com o Irão, mas estamos preparados para terminar qualquer guerra”, afirmou o governante em entrevista à cadeia televisiva CNN, acrescentando que gostaria de ver a diminuição da tensão actual.
No início da tarde, em conferência de imprensa no Departamento de Defesa (Pentágono), Esper reiterou que os Estados Unidos “estão preparados para o pior”, mas espera que o “Irão irá reduzir a escalada” de guerra.
Entretanto, ele reiterou que as forças americanas não vão sair do Iraque, ao contrário da resolução aprovada na segunda-feira, 6, pelo Parlamento.
Acção legal, diz Pompeo
Por seu lado, o secretário de Estado Mike Pompeo defendeu o ataque, sem, no entanto, responder aos jornalistas quando questionado sobre as provas de iminente ataque que estava a ser preparado pelo chefe da inteligência militar iraniana Qassem Suleimani.
"Frequentes vezes, os juristas visam antecipadamente todas as opções apresentadas ao Presidente dos Estados Unidos, para que cada opção seja validada legalmente", disse Pompeo, acrescentando: "Estou certo de que foi o que sucedeu", sublinhou Pompeo, sobre acusações de que Trump não respeita as leis internacionais.
Interrogado sobre a ameaça de Donald Trump de atacar locais culturais iranianos, no caso de retaliações iranianas, o secretário de Estado repetiu o que já tinha dito em momentos anteriores, garantindo que os Estados Unidos sempre agirão "ao abrigo das leis internacionais", referindo-se a tratados que protegem património cultural, em situações de conflitos militares.
Washington centra-se agora nas ameaças de retaliação que têm sido anunciadas por vários responsáveis iranianos.
Também hoje conselheiro nacional de Segurança Nacional disse que os Estados Unidos "não tolerarão" as mais recentes ameaças de Teerão.
Numa entrevista televisiva, Robert O'Brien disse que as ameaças iranianas "existem há 40 anos", desde a revolução fundamentalista no Irão, mas reconheceu que as autoridades americanas acompanham as recentes declarações de Teerão com "muito cuidado".