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Seca piora situação dos alunos na Huíla


Cerca de 144 mil pessoas estão afectadas por grave seca naquela província angolana
Cerca de 144 mil pessoas estão afectadas por grave seca naquela província angolana

A seca que afecta vários municípios da província angolana da Huíla poderá reflectir-se negativamente no aproveitamento das crianças face aos casos de abandono escolar.

Dados oficiais indicam que até Junho 143.889 pessoas estavam afectadas pela seca na província da Huíla.

Na localidade da Bata-Bata no interior da circunscrição da Humpata são várias as crianças que deixaram de frequentar a escola acontecendo o mesmo com o município de Quilengues onde estão afetadas mais de 1.300 petizes do ensino primário ao segundo ciclo.

O chefe de estatística da Direcção da Educação de Quilengues, Simione Lussati, em declarações à rádio pública local, revelou que a situação é preocupante.

“Nós já verificados uma taxa de abandono na ordem dos 3,7 por cento é muita criança são muitos alunos e isso nos preocupa. Refiro-me a 3,7 em todos os subsistemas desde o ensino primário até ao segundo ciclo de ensino verificamos que dos 35.769 alunos matriculados já abandonaram cerca de 1.344”, disse Lussati.

Quem também olha com preocupação para o problema é o Sindicado Nacional de Professores, (SINPROF), que entende que o assunto não sendo novo podia ser acautelado pelas autoridades com acções claras e duradouras de mitigação da seca.

O secretário provincial do SINPROF, João Francisco, não tem dúvidas de que milhares de crianças arriscam a perder o presente ano lectivo e perante a ausência de estratégias para inverter o quadro, o sindicalista sugere a possibilidade de se começar a rever o calendário escolar.

“Nos meses de Junho, Julho e até Agosto, em que a seca é pior, há uma movimentação dos pais com as crianças quando devia ser o momento de férias. O que significa que a partir de Setembro, em que as primeiras gotas começam a surgir, esses pais regressam ao seu habitat natural. Temos que nos unir para encontrarmos uma solução de carácter futurista, mas isso passa pela flexibilidade do próprio Governo”, defende Francisco

Entre os rapazes, a taxa de abandono escolar deve subir uma vez que estes estão directamente envolvidos na pastorícia e são por isso obrigados a percorrer dezenas de quilómetros à procura de água para o gado.

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