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"Se Deus quiser, vai salvar muitas vidas”, afirma Joe Biden ao assinar lei de armas


Presidente americano Joe Biden assina lei de controlo de armas, Washington, 25 Junho 2022
Presidente americano Joe Biden assina lei de controlo de armas, Washington, 25 Junho 2022

Esta é a primeira grande reforma federal sobre uso de armas em três décadas

O Presidente dos Estados Unidos assinou neste sábado, 25, a lei sobre controlo de armas aprovada por todos os democratas no Congresso e de boa parte dos republicanos na Câmara de Representantes e no Senado.

Esta é a primeira grande reforma federal sobre uso de armas em três décadas e surge depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter alargado o direito ao uso de armas na via pública.

"Este é um dia monumental", congratulou-se Joe Biden na Casa Branca, depois de assinar a lei, acompanhado da primeira-dama, Jill Biden.

"Se Deus quiser, vai salvar muitas vidas”, sublinhou o Presidente.

Biden anunciou que vai realizar um evento em Julho para vítimas da violência armada para marcar a assinatura da lei.

"A mensagem deles para nós era fazer algo... hoje fizemos", disse Biden.

Numa curta intervenção, o Presidente reconheceu que a lei "não prevê tudo o que eu queria", em referência a restrições impostas por deputados e senadores republicanos para aprovar a medida, mas que "inclui muitas acções que eu venho pedindo há muito tempo e que salvarão vidas".

O que diz a lei

A lei restringe a compra de armas no país para pessoas entre 18 e 21 anos, com antecedentes criminais ou historial de doença mental e violência doméstica, destina milhões de dólares aos Estados para programas de saúde mental, protecção das escolas e permite a aprovação de leis estaduais de "bandeira vermelha" destinadas a remover armas de pessoas consideradas perigosas.

Ao contrário do que defendem o Presidente e os congressistas democratas, a nova legislação não proíbe a venda de armas de assalto ou revistas a portadores de armas.

Na quinta-feira, 23, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu que os americanos têm o direito fundamental de portar armas de fogo em público de forma não ostensiva, num caso referente a uma lei de Nova Iorque que exigia a permissão para portar uma arma de fogo em público, ainda que guardada.

Críticas ao Supremo

O Presidente também repetiu suas críticas à decisão do Supremo Tribunal de Justiça na sexta-feira, 24, que eliminou o direito constitucional ao aborto em todo o país, e disse que seu Governo vai-se concentrar em como os Estados podem implementar a decisão e garantir que não violem outras leis.

"O Supremo Tribunal de Justiça está quebrado? O Supremo Tribunal de Justiça tomou algumas decisões terríveis", disse Joe Biden, quem prometeu "tomar medidas para proteger os direitos das mulheres e a saúde reprodutiva.

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