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SADC vai debater situação em Cabo Delgado em cimeira extraordinária em janeiro


Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, assume presidência da SADC, Maputo, 17 agosto 2020
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, assume presidência da SADC, Maputo, 17 agosto 2020

Analistas dizem que intervenção da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral peca por tardia

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) marcou para janeiro uma cimeira de Chefes de Estado para analisar a situação em Cabo Delgado.

SADC vai debater situação em Cabo Delgado em cimeira extraordinária em janeiro
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A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 14, em Maputo, numa reunião de alto nível da SADC, com a participação de Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, Mokgweetsi Masisi, Presidente do Botswana, Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabwe e Samia Suluhu, vice-presidente da República Unida da Tanzânia, além do anfitrião e presidente em exercício da SADC, Filipe Nyusi.

Para analistas, no entanto, a actuação da organização peca por tardia, mas revela que o problema não afecta apenas Moçambique.

A reunião de alto nível de Maputo “reafirmou a necessidade de realização da cimeira presencial da SADC bem como do Fórum de Negócios da SADC em Março de 2021 em Maputo, (e) acordou na realização de uma Cimeira Extraordinária da SADC em Janeiro de 2021 para abordar a situação de segurança em Moçambique”, anunciou no final do encontro a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.

Para o analista e jornalista Alexandre Chiúre esta reunião de alto nível chega tarde.

“A SADC andou muito atrasada, andou muito silenciosa e esta iniciativa de convocar uma Cimeira Extraordinária significa o acordar da SADC de um sono profundo em relação a este assunto do terrorismo”, comenta Chiúre.

Por seu lado, o analista Yassine Mahomed considera que a ausência de alguns Presidentes na reunião denota uma certa falta de estratégia.

“Um dos Presidentes que era fundamental para esta reunião era o Presidente da Tanzânia que não veio, mas penso que Moçambique acabou por dizer a SADC qual é que é na verdade o problema do país, e a SADC neste caso, diferente daquilo que era percepção anterior, entende que precisa de mais tempo para a resolução do problema, depois de ter percebido qual é na verdade o problema, algo que Moçambique ainda não tinha feito”, sustenta Mahomed.

Os analistas ouvidos pela VOA são de opinião que a cimeira extraordinária será determinante para a definição dos próximos passos no combate à insegurança em Cabo Delgado que ameaça a região austral de Africa.

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