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SADC, com Angola à cabeça, pressiona para fim de sanções ao Zimbabwe


Foto de arquivo de manifestação a pedir o fim das sanções ao Zimbabwe
Foto de arquivo de manifestação a pedir o fim das sanções ao Zimbabwe

Departamento de Estado americano não reage à insistência angolana e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), atualmente liderada por Angola, continua a pressionar para que os Estados Unidos levantem sanções impostas ao Zimbabwe, mas até agora não há qualquer reacção por parte de Washington.

A pressão tem estado a ser feita por Angola que assumiu a presidência da SADC e que esta semana por duas vezes voltou a fazer o pedido.

Aqui em Washington, o embaixador angolano Agostinho Van-Dúnem assumiu a presidência do Grupo dos Embaixadores dos Países da SADC acreditados nos Estados Unidos da América, na quinta-feira, 26, e segundo foi revelado uma das suas primeiras ações foi pedir o levantamento das sanções ao Zimbabwe.

Numa reunião dos embaixadores, Van-Dúnem sublinhou a vontade do Presidente João Lourenço de liderar os esforços para o levantamento das sanções.

Ontem, na conferência de imprensa diária no Departamento de Estado, um jornalista questionou o porta-voz, Matthew Miller, se a Administração Biden está a tomar qualquer medida nesse sentido.

“Infelizmente, terei que levar esse tema e dar uma resposta mais tarde”, respondeu Miller.

A meio da semana, numa declaração, o Presidente em Exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), João Lourenço, apelou a que sejam levantadas todas as formas de sanções impostas à República do Zimbabwe.

A página da Presidência da República de Angola disse que o apelo tem como pano de fundo a preocupação crescente com o impacto que estas acções continuam a ter no país e na região da SADC.

Lourenço sublinhou na declaração política feita em nome da organização regional que "numa altura em que as inseguranças globais colocam a segurança alimentar e outros desafios pertinentes ao continente africano e à região da SADC, as sanções impostas à República do Zimbabwe criam uma alarmante ameaça dupla aos meios de subsistência e à sobrevivência do seu povo".

O Presidente angolano afirmou continuar disposto a apoiar, através dos meios necessários, o levantamento sério das sanções impostas à República do Zimbabwe e "acreditamos que a humanidade que partilhamos enquanto comunidade mundial guiará todos os intervenientes relevantes a tomarem medidas concretas nesse sentido".

Ontem, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, também pediu o levantamento “imediato e incondicional” de todas as sanções impostas ao Zimbabwe.

Mahamat disse dar todo o seu apoio à posição da SADC.

O vice-presidente do Zimbabwe, Constatino Chiwenga, revelou que o pais perdeu mais de 150 mil milhões de dólares desde 2001 devido às sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia por alegadas irregularidades eleitorais e violações dos direitos humanos.

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