Apoiado pela Rússia, o governo sírio retomou neste Domingo 9, após uma breve pausa, os bombardeios na província de Idlib, no noroeste da Síria - informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que relata pelo menos um morto.
No Sábado, os caça-bombardeiros russos lançaram os "mais intensos" ataques em um mês nessa província, de acordo com o OSDH.
No Domingo, depois de algumas horas de pausa, "helicópteros das forças do regime largaram cerca de 40 barris de explosivos na localidade de Hbit, no sul da província, matando pelo menos um garoto", disse à AFP o director do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Em paralelo, acrescentou ele, a aviação russa lançou "mais de dez ataques" sobre a cidade de Latamné, no nordeste da província de Hama, zona adjacente a Idlib e que também é controlada por rebeldes e grupos extremistas.
Os bombardeios atingiram um hospital, que ficou fora de serviço.
Desde Quinta-feira, centenas de famílias fogem das suas casas nos sectores bombardeados de Idlib, alvo de Damasco e de Moscovo pela sua proximidade com as zonas controladas pelas forças leais ao governo sírio.
Na Sexta-feira, fracassou uma cimeira entre os presidentes de Rússia e Irão, aliados do governo Bashar al-Assad, e Turquia, que apoia os rebeldes, para chegar a um compromisso sobre Idlib.
A província de Idlib e os focos rebeldes nas províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latákia contam com mais de três milhões de habitantes, metade deslocada, afirma a ONU, que teme uma "catástrofe humanitária" em caso de ofensiva.