O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, considerou que a sua equipa conseguiu avanços nas negociações com a Coreia do Norte e noutros assuntos importantes, ao reagir à sua demissão, nesta terça-feira, 13, pelo Presidente Donald Trump.
Tillerson, que se mostrou visivelmente emocionado, não agradeceu ao Presidente pelo convite nem pelo eventual apoio, enquanto enfatizava a sua forte relação com o secretário de Defesa, Jim Mattis.
No Departamento de Estado, o secretário de Estado revelou ter ligado para Trump por volta do meio-dia do Air Force One, o avião presidencial, horas após ter sido sumariamente demitido via Twitter.
“O mais importante é garantir uma transição suave e ordenada durante um momento em que o país continua a enfrentar desafios significativos de políticas e segurança nacional”, destacou Tillerson, com a voz embargada às vezes, mas apesar da sala estar cheia de jornalistas ele se recusou a responder, aliás como sempre foi seu hábito.
Na sua intervenção, o demitido secretário de Estado destacou o relacionamento com aliados dos Estados Unidos.
Tillerson considerou que os Estados Unidos ganharam parceiros no esforço para usar sanções para obrigar Pyongyang a recuar quanto ao seu programa nuclear.
O ex chefe da diplomacia americana adiantou ainda que há mais a fazer para estabilizar o Iraque, derrotar os combatentes islâmicos, lidar com a Rússia e forjar um relacionamento com a China.
"Nada é possível sem aliados e parceiros", frisou Tillerson, que vai deixar o Governo no próximo dia 31.
O governante foi, no entanto, muito criticado por ter ajudado a contribuir para um Departamento de Estado caracterizado por falta de eficácia e que não conseguiu preencher os muitos lugares vagos.
Em mais de um ano, a Administração Trump não conseguiu nomear 36 embaixadores, 16 altos assessores seis subsecretários de Estado.
Rex Tillerson será substituído pelo actual diretor da CIA, Mike Pompeo.