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Residentes de município na Huíla questionam investimentos e combate à pobreza


A dimensão e a qualidade na execução de algumas obras inseridas no programa de investimentos públicos e combate à pobreza nos últimos dois anos, são questionados pelos munícipes que se fizeram ouvir numa deslocação recente do governador Nuno Mahapi.

Munícipes da circunscrição de Caconda, no norte da província angolana da Huíla, estão agastados com a forma como está a ser gerido o município localizado a cerca de 240 quilómetros da capital Lubango.

A dimensão e a qualidade na execução de algumas obras inseridas no programa de investimentos públicos e combate à pobreza nos últimos dois anos são questionados pelos munícipes que se fizeram ouvir numa deslocação recente do governador Nuno Mahapi.

O Orçamento Geral do Estado prevê desde 2019 a figura do orçamento participativo com a atribuição de 25 milhões de kwanzas mensais aos municípios para investimentos e gastos nos serviços de iluminação pública, áreas verdes e limpeza urbana.

Contempla igualmente entre outros gastos obras de saneamento básico ou manutenção dos serviços.

Isaías Camati, cidadão de Caconda, questiona a gestão dos recursos postos à disposição do município.

“Se porventura tem havido verbas anuais no município, qual é o destino destas verbas? Nós concluímos que em Caconda não há desenvolvimento, não há! Eu me lembro muito bem, em anos anteriores vários bairros daqui consumiam energia, mas agora já não existe energia existe em algumas ruas aquilo que se chama de iluminação pública”, afirma Camati.

Outro cidadão João Molossande levanta dúvidas sobre os dinheiros gastos em obras aparentemente sem qualidade e sugere mesmo o Governo local a inquirir sobre os projectos.

“Estou a pedir repetidas vezes que se crie uma equipa de fiscalização, se existe não está em condições. Um quarto, um jango você olha para o preço é complicado! Seria bom que se criasse uma equipa para acompanhar o que vem no PIIM, o Sr. administrador parece que está sozinho!”, reforça Molossande.

A VOA tentou sem sucesso ouvir o administrador municipal de Caconda, Nandim Capenda.

O governador da Huíla reconhece dificuldades na execução de obras antigas no município de Caconda e avança mesmo para a rescisão de contratos com algumas empresas.

Nuno Mahapi aponta o trabalho para recuperar o tempo perdido.

“As nossas obras têm tempo de entrega de execução e essa entrega já me comprometeu com a vida social da minha população cá em Caconda nomeadamente os serviços básicos, por isso , nós vamos trabalhar para tomar as devidas decisões para que esse problema não se arraste por muito tempo”, afirmou.

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