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RDC: Doadores querem soluções de longo termo para ajudar os deslocados


Deslocados aguardam alimentos em Goma
Deslocados aguardam alimentos em Goma

As agências humanitárias pedem soluções de longo termo para os 200 mil deslocados que vivem em acampamentos na República Democrática do Congo (RDC).

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Três acampamentos foram encerrados no mês passado na província do Kivu Norte.

Em Goma, fala-se de mais encerramentos, apesar da insegurança que se vive na região.

A maioria dos 700 mil deslocados no Kivu Norte não vive nos acampamentos e não recebe ajuda alimentar.

Mas os doadores estão a ficar cansados de financiar 57 acampamentos na província, diz Ben Odowa, porta-voz da Organização Mundial para as Migrações (OIM).

Segundo Odowa, os doadores têm estado a financiar a mesma coisa por muito tempo e debatem-se com a falta de fundos.

Uma das razões da fatiga dos doadores é a constatação de que o número de pessoas nos acampamentos foi exagerado.

No ano passado, após verificação nocturna em 31 locais, foi descoberto que o número era inferior em dois terços.

A redução terá sido devido ao facto de ter havido melhorias e as pessoas terem retornado às zonas de origem.

Este ano, cinco acampamentos perto de Goma foram encerrados e as pessoas que lá viviam retornaram às suas zonas ou construíram nas imediações.

Jean Pierre Havugimana é uma delass.

Ele vivia até o mês passado em Lac Vert, perto de Goma, e regressou à sua aldeia de Kimoka.

Havugimana sente-se feliz por ter retornado à casa, “porque no acampamento as pessoas não se alimentam bem e têm dificuldades de lavar a roupa … e na aldeia a vida é melhor”.

Ele agradece às organizações que ajudaram a retornar e pede material como enxadas e catanas para ajudar no cultivo.

A sua vizinha Furaka Songo é vice-presidente do grupo de pessoas de Lac Vert, que passaram a viver em Kimoka.

Songo reclama que a sua família teve promessa de sementes, mas nunca recebeu, o que torna a vida difícil, uma vez que depende da agricultura.

A distribuição de sementes é da responsabilidade da agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, e deveria ter acontecido em meados do mês passado.

Ben Oduwa, da OIM, disse à VOA que o processo está atrasado.

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