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Renamo nega autoria de ataques armados em Moçambique


Apoiantes da Renamo.
Apoiantes da Renamo.

A Renamo, partido que lidera a oposição em Moçambique, nega a autoria de ataques, já reivindicados pela autodenominada Junta Militar, de Mariano Nhongo.

Renamo nega autoria de ataques armados em Moçambique
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Tal posição é apresentada após o porta-voz da Policia, Orlando Mudumane, ter anunciado a detenção de quatro homens da Renamo acusados de participar nos recentes ataques na zona centro.

Mudumane, que disse que os autores dos ataques já têm rosto, sublinhou que "as forças de defesa e segurança, no centro do país, estão em perseguição aos homens trajados de uniforme verde, que são homens armados da RENAMO”.

Para Mudumane, esses homens “têm perpetrado ataques nalguns troços das estradas nacionais número um e seis, na província de Sofala (…) pelo uniforme que trazem são homens armados da RENAMO”.

"As forças residuais das RENAMO estão em Gorongosa, e nós, todos moçambicanos sabemos que elas esperam serenamente pelo processo da Desmobilização, Desarmamento e Reintegração Social," disse o porta-voz do partido, José Manteigas.

Junta Militar assume ataques

Esta troca de palavras surge após, no sexta-feira, 31 de Outubro, o líder da autoproclamada Junta Militar da RENAMO, Mariano Nhongo, ter assumido a autoria de ataques.

"Estão a falar que houve ataques, não sabem que é o povo Moçambicano que está a dar resposta à polícia e homens da FIR (Força de Intervenção Rápida)", disse Nhongo.

Nessa ocasião, Nhongo acrescentou que "o povo está a pedir enquadramento dos homens da RENAMO, porque a RENAMO é adorada pelo povo, se houvesse enquadramento isso não aconteceria".

Manteigas disse que "tempestivamente, a RENAMO distanciou-se dos actos praticados por esses concidadãos, por isso o que nós dissemos é que a RENAMO não tem nada a ver com o que está a acontecer e lamentamos que o porta-voz da Polícia da República de Moçambique apareça em público a acusar de forma irresponsável e caluniosa".

Ataques sem rosto

Reporta-se que no seu último ataque, os homens armados assaltaram um camião que transportava explosivos para minas de Moma em Nampula, sem causar vítimas humanas.

Para o analista Calton Cadeado, a falta de rosto dos protagonistas destes ataques dificulta o seu combate, o que é agudizado pelo descontentamento da ala militar da RENAMO.

"Há esse descontentamento, não podemos negar; é um descontentamento forte e creio que seja legítimo, e que tem que ser tomado em consideração; alias devia ser tomado em consideração antes de se assinaro acordo de agosto de 2019", comentou o analista.

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