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Religiosos pedem análise profunda da insurgência de Cabo Delgado 


Insurgência em Cabo Delgado: Maria Rachide, uma de muitas mulheres com a vida interrompida
Insurgência em Cabo Delgado: Maria Rachide, uma de muitas mulheres com a vida interrompida

Lideres religiosos de Moçambique dizem que a situação provocada pelos ataques terroristas em Cabo Delgado requer uma análise profunda para perceber as suas motivações, numa altura em que milhares de vítimas enfrentam a Covid-19.

Naquela província rica em recursos naturais, incluindo gás, mais de mil pessoas foram mortas desde outubro de 2017. Milhares de residentes de distritos como Palma, Macomia ou Mocímboa da Praia fugiram para locais que julgam seguros, mas enfrentam dificuldades.

Religiosos pedem análise profunda da insurgência de Cabo Delgado
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“É uma situação que nos preocupa bastante, mas ainda precisamos perceber melhor”, diz Dom Dinis Matsolo, Bispo da Igreja Metodista Wesleyana.

Matsolo diz que a sua igreja entende que “é necessário que se encontre uma forma de aproximação para perceber o que realmente está a acontecer, e isso nos remete para a necessidade de uma grande pesquisa para esse entendimento”.

Além da pesquisa, Dom Luiz Fernando Lisboa, Bispo católico da diocese de Pemba, a capital de Cabo Delgado, pede a todos que rezem e promovam ações solidárias em favor da população, sobretudo nestes tempos da ameaça da Covid-19.

“Essa pandemia vem e vai atingir grande parte da população,” diz o religioso, que repete que “a minha mensagem é essa de que nós não tenhamos medo, Deus não nos abandonou e que nós não entremos em pânico”.

“Neste momento em que estamos a enfrentar o desafio do Covid-19, está mobilidade desordenada das populações complica a situação,” acrescenta Matsolo.

Entretanto, as autoridades de Maputo continuam a prometer acabar com a insurgência, tendo, esta semana, o presidente Filipe Nyusi anunciado subsídios para os jovens militares em Cabo Delgado.

“O governo brevemente irá decidir o subsídio de risco”, disse Nyusi, que acrescentou que serão igualmente abrangidos profissionais de saúde envolvidos no tratamento da Covid-19.

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