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Índice Mundial da Fome apela a junção de esforços de ajuda e de desenvolvimento


Relatório mundial sobre o flagelo da fome publicado esta semana evoca a persistente situação de crise alimentar em 19 países do mundo com incidência na África Subsaariana.

Um novo relatório indica que o desenvolvimento do mundo está a sofrer um grande revés com as mudanças climáticas, temperaturas extremas, conflitos, degradação ambiental e má governação.

O mesmo adianta que para se assegurar a segurança alimentar perante uma tal situação, as ajudas de emergência deverão ser associadas aos programas de assistência ao desenvolvimento.

O Índice Global da Fome 2013 afirma que numa altura em que fome está redução – a situação continua entanto muito má em 19 países. De facto o índice descreve a fome nesses países como variando de alarmante para extremamente alarmante.

Chris Bene do Instituto para Estudos de Desenvolvimento em Londres, é um dos autores do Índice Global da Fome.

“A África subsaariana é uma parte do mundo onde as coisas não são tao fáceis como são em algumas outras regiões. De facto algumas das grandes preocupações que o relatório levanta são na verdade dos países da África subsaariana, por diversas razões. Há também algumas bolsas da fome na Ásia do Sul, mas as maiores preocupações são ainda na África Subsaariana.”

O índice aponta que o Burundi, Eritreia e Comores têm os mais elevados níveis da fome na região da África ao sul do Sahara.

Este oitavo relatório anual é publicado pelo Instituto Internacional de Pesquisa Alimentar – IFPRI, e avalia a situação da fome em 120 países em desenvolvimento e países em transição. As conclusões são baseadas na proporção de pessoas desnutridas, de crianças de menos de 5 anos e abaixo do peso normal e a taxa de mortalidade infantil de crianças abaixo dos 5 anos de idade.

O Índice Global da Fome adianta que mais de dois mil milhões e meio de pessoas vivem com menos de dois dólares por dia, e aponta como situações agravantes desta crise a doença de um dos membros da família, a seca ou a perda de trabalho. O relatório adianta não haver mecanismos para lidar com crise provocada pela fome.

“Muitas das pessoas no mundo são ainda muito vulneráveis ao cohque. Quando essas pessoas não têm os meios para se protegerem desses choques, elas toam decisões que são consideradas de muito racionais a curto prazo, mas que podem ter consequências muito negativas ao longo prazo.”

Um dos exemplos, adianta o relator Chris Bene, é dos camponeses que perante a perda de suas culturas em consequência da seca ou da cheia, perdem igualmente os rendimentos para o sustento de suas famílias.
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