O Relatório sobre o Tráfico de Vida Selvagem 2021 lançado na quinta-feira, 4, pelo Departamento de Estado americano, em Washington, colocar 28 "países em foco" como sedes daquela actividade considerada criminal, com particular incidência na África e na Ásia.
Moçambique e Brasil constam da lista dos "países em foco" que, segundo o relatório, são "uma importante fonte de produtos do tráfico de animais selvagens ou seus derivados, um importante ponto de trânsito de produtos do tráfico de animais selvagens ou seus derivados, ou um grande consumidor de produtos do tráfico de animais selvagens".
“O tráfico de vida selvagem continua a ser um grave crime transnacional que ameaça a segurança, a prosperidade económica, o Estado de Direito, os esforços de conservação e a saúde", lê-se no documento que procura com as suas denúncias “aumentar a atenção para combater o tráfico de vida selvagem”.
Embora o documento agora divulgado não tenha uma apreciação da cada um dos 28 países, ele diz que no caso dos "países em foco", os Governos não estão implicados nas actividades criminosas associadas ao tráfico de espécies em vias de extinção, mas “existem sérias preocupações de que tenha ocorrido um envolvimento governamental de alto nível ou sistémico".
A situação é, no entanto, pior no chamado grupo de “países preocupantes”, integrado por Camarões, República Democrática do Congo Madagascar, Nigéria, Cambodja e Laos.
Nesse caso, sim, há razões que indicam que os os respectivos "Governos se dedicam activamente ou lucram conscientemente com o tráfico de espécies ameaçadas ou em perigo de extinção", embora o relatório ressalve que nem "todas as partes" dos Executivos em causa "estejam ou tenham estado envolvidas no tráfico de espécies selvagens".
Além dos países citados, integram ainda a lista a China, México e, em África, Gabão, Quénia, África do Sul, Tanzânia, Togo, Uganda e Zimbabwe.