Os “recrutas recém-mobilizados da Rússia têm provavelmente treinamento mínimo ou nenhum”, disse o Ministério da Defesa da Grã-Bretanha, neste sábado (5), na sua actualização de inteligência.
O relatório disse que a Rússia provavelmente luta para dar treinamento militar na sua actual campanha de mobilização e recrutamento anual de outono. As Forças Armadas russas já estavam sobrecarregadas no treinamento de cerca de 300 mil soldados necessários para a sua mobilização parcial, anunciada em Setembro.
“Essas questões”, disse o ministério, “serão agravadas pelo ciclo adicional de recrutamento anual regular de outono,” que começa em Novembro para cerca de 120 mil recrutas.
A Rússia recorreu ao treinamento de tropas na Bielorrússia, disse o ministério, “devido à falta de pessoal de treinamento, munições e instalações na Rússia”.
A actualização de inteligência disse ainda que “a colocação de forças com pouco ou nenhum treinamento oferece pouca capacidade de combate ofensivo adicional”.
Apoio americano
Enquanto isso, os EUA estão a disponibilizar cerca de 400 milhões de dólares em assistência de segurança à Ucrânia, quando a luta contra a invasão da Rússia entra no seu nono mês.
O Departamento de Defesa disse em comunicado que o último pacote “ressalta o compromisso contínuo dos EUA em apoiar a Ucrânia, atendendo às suas necessidades mais urgentes, ao mesmo tempo em que aumenta a capacidade das Forças Armadas para defender a sua soberania a longo prazo”.
Os EUA agora comprometeram mais de 18,2 biliões de dólares com a Ucrânia desde o início “da invasão brutal e não provocada da Rússia a 24 de Fevereiro”, dizia o comunicado.
A assistência militar dos EUA inclui a reforma de mísseis de defesa aérea HAWK, financiamento para 45 tanques T-72B reformados com óptica avançada, comunicações e pacotes de blindagem, 1.100 sistemas aéreos não tripulados tácticos Phoenix Ghost, 40 barcos blindados, bem como sistemas de comunicações e vigilância.
No seu discurso nocturno, na sexta-feira (4), o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy agradeceu aos Estados Unidos pela mais recente assistência militar e disse que são veículos blindados que “precisamos muito avançar na frente”.
“Sou grato ao presidente Biden, ao Congresso dos EUA e a todo o povo americano pela assistência contínua e vital”, disse Zelenskyy.
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