As autoridades britânicas acusaram nesta quarta-feira, 5, dois cidadãos russos, alegdamente pertencentes à polícia secreta da Rússia, pelo envenenamento do ex-espião russo Serguei Skipal e da sua filha Yulia, em Salisbury, em Março.
A Procuradoria da Coroa identificou os dois homens como Alexander Petrov e Ruslan Boshirov e considera que existem provas suficientes para acusá-los de conspiração de homicídio e posse de substâncias químicas ilegais, cuja origem as autoridades atribuíram à Rússia, onde o agente neurotóxico foi desenvolvido na década de 1970.
No Parlamento, a primeira-ministra Theresa May afirmou que Petrov e Boshirov são membros dos serviços de inteligência russos.
Segundo May, o GRU, abrevuatura em inglês dos serviços secretos russos, é “uma organização altamente disciplinada com uma cadeia de comando muito bem estabelecida. De certeza que esta não foi uma operação amadora".
Em reacção, o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros desvalorizou o caso, negando qualquer envolvimento com Alexander Petrov e Ruslan Boshirov.
"Não significam nada para nós", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, que pediu a Londres para terminar com a "manipulação de informação".
A polícia metropolitana de Londres revelou que os dois suspeitos chegaram ao aeroporto de Gatwitck, provenientes de Moscovo,a 2 de Março e ficaram num hotel em Londres, antes de viajarem, dois dias depois, para Salisbury, onde a Serguei Skripal e a filha Yulia foram envenenados.