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Registo eleitoral em Angola continua a suscitar polémica


Governo, oposição e analistas têm opiniões diferentes sobre fim da primeira fase.

Terminou na terça-feira, 20, a primeira fase da actualização do registo eleitoral em Angola, iniciada a 25 de Agosto, com a inscrição de seis milhões de potenciais eleitores, segundo dados do Governo.

Registo eleitoral em Angola continua a suscitar polémica
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Enquanto os responsáveis do Ministério da Administração do Território (MAT) consideram que o registo decorre conforme o previsto, os partidos da oposição insistem que está eivado de vícios e de constantes violações à Constituição.

Numa análise à primeira fase do registo, o coordenador do Observatório Eleitoral Angolano, Luís Jimbo, diz que faltou a verificação e a fiscalização das organizações não governamentais especializadas, para além da que foi feita pelos partidos da oposição.

Aquele responsável afirma que só desta forma seria possível escrutinar todo o processo até mesmo para se certificar que os números do registo que foram sendo avançados pelas autoridades governamentais estão correctos.

Luís Jimbo adianta que, para isso, devia ter sido aprovado um quadro legal que permitisse essa participação independente de outros actores visando uma maior aceitação e credibilidade do processo por parte dos cidadãos.

Por seu turno, o analista Tunga Alberto considera que o registo eleitoral foi um fiasco e alega ter havido muita resistência por parte dos cidadãos.

Alberto diz que muitos cidadãos que perderam os seus empregos ou que viram as suas casas a serem demolidas não se sentem motivados a votar de novo.

Para o secretário de Estado para os Assuntos Institucionais, Adão de Almeida, os números atingidos na primeira fase da actualização e prova de vida superaram a meta prevista a nível nacional.

O segundo turno inicia em Janeiro de 2017.

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