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Recondução do Chefe das Forças Armadas guineenses com leituras diferentes


Militares guineenses (Foto de Arquivo)
Militares guineenses (Foto de Arquivo)

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, reconduziu no cargo de Chefe de Estado Maior-General das Forças Armadas o general Biague, nomeado pelo seu antecessor, José Mária Vaz.

A recondução de Biagué N'Tan suscita reações no país, com opiniões divergentes sobre o seu posicionamento das eleições presidenciais de 2019.

O jurista e analista político Luís Vaz Martins considera a recondução"entrega de troféu" por ter sido cúmplice do Presidente na chegada ao poder.

“Esta recondução de Biagué N'Tan é uma afronta à comunidade internacional que, de forma sábia, tem chamado atenção para esta cumplicidade de poder político e da classe castrense. A recondução vem confirmar a cumplicidade de classe castrense, e é uma entrega de troféu ao aliado que facilitou a assunção do poder por via inconstitucional”, acusa Martins.

Para o também juristae analista político, Luís Landim, o general é a figura que reúne consenso neste momento, e lembrou que Biagué N'Tan tem acusado a classe política de ser responsável pela intervenção dos militares nos assuntos políticos.

“Intervenção das Forças Armadas nos assuntos políticos é uma provocação dos próprios políticos que vão à procura de atrair a atenção dos militares e sempre querem tê-los dos seu lado. Daquilo que é a gestão de próprio Biagué N'Tan, enquanto Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, num horizonte temporal que assumiu esta função, ele é visto como a pessoa que reúne consenso entre os militares e a nível do país”, afirmou Landin.

Ao reconduzir o general, o Presidente Úmaro Sissoco Embaló disse ser um dos responsáveis pela estabilização das Forças Armadas, pelo seu distanciamento às querelas políticas, não permitindo a sua instrumentalização, que sempre norteou a sua atuação.

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