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Reclusas acusam Serviços Penitenciários de provocar aborto numa presa


Denúncias partem das reclusas da Cadeia de Viana
Denúncias partem das reclusas da Cadeia de Viana

Porta-voz contraria e diz que a reclusa é que abortou.

As reclusas da Cadeia de Viana, em Luanda, acusam os Serviços Penitenciários de terem provocado o aborto numa detida após ter-se engravidado de outro recluso.

Em represália, disseram as reclusas à VOA, as autoridades suspenderam o direito às aulas.

O porta-voz da Direcção Nacional dos Serviços Penitenciários negou a acusação e disse que a reclusa perdeu o bebe por iniciativa própria.

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As reclusas da Cadeia de Viana decidiram quebrar o silêncio para denunciar que estão proibidas de estudar.

A fonte, que pediu o anonimato com medo de represálias, disse que a medida foi tomada depois de uma reclusa ter ficado grávida de outro preso durante o período das aulas.

A mesma fonte acusa os Serviços Penitenciários de terem feito aborto na reclusa, “o que não devia ser”.

Contactado pela VOA, Menezes Cassoma, porta-voz dos Serviços Penitenciários, confirma ter havido envolvimento entre os reclusos, o que obriga agora à separação das salas e por isso as aulas da cadeia feminina acontecem num período diferente ao da cadeia masculina.

“A mulheres assistem às classes de tarde e os homens de manhã, mas muitas delas decidiram não aderir porque agora estão separadas dos homens”, disse Cassoma.

O porta-voz afirma também que, em relação ao aborto da reclusa, a acusação é falsa porque exames comprovaram que a presa não está gravida.

Ele reconhece, no entanto, que uma reclusa grávida de dois meses abortou por iniciativa própria.

“A tentativa de interrupção é da reclusa e não do órgão”, garantiu.

As reclusas queixam-se também da falta de uma cela conjugal, mas o porta-voz dos Serviços Penitenciários diz não haver ainda condições para tal e “quando acontecer será para aqueles que tiverm boa conduta”.

Recorde-se que recentemente denúncias do envolvimento de oficiais dos Serviços Penitenciários com reclusas na província do Kwanza Sul foram negadas pela Procuradoria Geral da República (PGR).

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