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RDC: Governo proclama vitória contra grupo armado que atacou três locais em Kinshasa


Governo da República Democrática do Congo confirmou que tropas governamentais responderam aos ataques de homens armados em três locais da capital, tendo morto cerca de 40 dos atacantes e preso vários outros.

O porta-voz do governo, Lambert Mende disse que vários homens tinham atacado esta Segunda-feira, o aeroporto internacional, a televisão estatal e o quartel das forças armadas em Kinshasa.

De acordo com o ministro Lambert Mende, vários atacantes foram mortos em cada um dos três locais de ataque.

Mende descreveu os atacantes como “terroristas” mas precisou que os mesmos ainda não tinham sido identificados. O governante congolês adiantou que os ataques pareciam não ter outros propósitos se não o de atrapalhar as celebrações desta semana do Ano Novo.

“O governo apela ao povo de Kinshasa, as vitimas desta agressão terrorista – desde que não nos parece que os atacantes tinham outro objectivo, em tão pouco número e mal armados,… em querer obter nada mais que o pânico e terror na véspera das festividades do ano novo, que tem uma grande importância na nossa cultura.”

O ministro Lambert Mende apelou os residentes a prosseguirem os seus afazeres normalmente, em vez de se preocuparem com a ameaça.

Um repórter da Voz da América em Kinhasa disse que disparos esporádicos de armas automáticas continuavam a ser ouvidos na capital ao longo do meio-dia, e a maioria dos residentes permanecia em suas casas. O mesmo jornalista adiantou que os militares e a polícia tinham erguido postos de controlo por toda a cidade.

O ministro Lambert Mende afirmou que cerca 30 homens armados estavam envolvidos no ataque contra o centro de radio e televisão, tendo provocado a interrupção temporária das emissões.

Testemunhas disseram que homens armadas apareceu na televisão antes da suspensão da emissão e apresentaram uma mensagem crítica ao presidente Joseph Kabila. A mensagem dizia que um líder evangélico-cristão conhecido como Gideon Mukungubila tinha chegado para libertar o povo congolês da escravatura que lhes tinha sido imposta pelo “ruandês.”

“O ruandês” é as vezes a alcunha do presidente Kabila, por sinal originário do leste do Congo próximo do Ruanda. O seu pai Laurent Kabila chefiou a milícia na região antes de assumir o poder em Kinshasa no golpe de Estado de 1997. O jovem Kabila voltou a ganhar as eleições em 2011 durante as eleições em que Mukungubila se tinha candidatado

Segundo ainda o ministro Mende o ataque ao aeroporto foi levado a cabo por cerca de 20 homens e 10 deles foram mortos.

A embaixada americana em Kinshasa aconselhou os cidadãos americanos a evitarem zonas com multidões de pessoas, e a mesma informou citando relatos locais, que o aeroporto internacional de Kinshasa tinha sido encerrado.
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