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Rapper incentiva jovens moçambicanos para que deixem de consumir álcool e drogas


Rapper Phe Urbano
Rapper Phe Urbano

Phe Urbano, de 30 anos, recentemente lançou o single "Vícios" em Moçambique. Em entrevista à Voz da América, o rapper contou que a letra foi escrita na primeira pessoa para jovens entre 16 e 17 anos, que já entraram no mundo das drogas e abandonaram os estudos.

No coro, o jovem conta à mãe que começou com o vício no bairro onde morava e disse que no início achava que aquilo era bom. Na letra, a história se desenrola e o jovem de consumidor passa a vendedor de drogas, o que o leva para a cadeia por cinco anos. Embora a música seja escrita na primeira pessoa Phe Urbano explicou que essa não é a sua história.

O rapper disse que a inspiração para "Vícios" veio depois de ter lido um artigo nas redes sociais sobre a comercialização de drogas nas escolas e de ter visto um vídeo com um jovem drogado que estava uniformizado, esfaqueando outro estudante no rosto.

Entrevista com rapper Phe Urbano
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O consumo de álcool e drogas entre jovens em Moçambique é um problema muito sério. No lançamento do projeto “smashed” (quebrados), promovido pelo DIAGEO em parceria com o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) e o Consulado Britânico em Moçambique, e que tem o objetivo de informar sobre os riscos do consumo de álcool entre adolescentes dos 12 aos 13 anos, o Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, disse que os atuais níveis de consumo de álcool são preocupantes pois para além de criar sérios riscos a saúde dos alunos, estão a comprometer o seu aproveitamento pedagógico.

Phe Urbano, que começou a beber quando tinha 15 anos, conhece bem esta triste realidade. A sua mãe vendia álcool em casa e "sempre quando tinha uma oportunidade roubava um pouquinho".

"Era normal eu beber. Entrar na turma grosso, cometer indisciplinas, discutir com o professor e negar a sair da sala de aula.

O rapper revelou que consumiu álcool em excesso até os 29 anos e só parou porque decidiu investir nos estudos.

"No primeiro ano da universidade eu ainda bebia. Com o passar do tempo tive que fazer uma escolha. Ou beber ou parar para poder estudar".

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