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Rafael Marques vai ser julgado


Rafael Marques
Rafael Marques

Procuradoria remete a tribunal queixa de difamação de generais e uma empresa

O activista angolano Rafael Marques foi hoje notificado que vai ser julgado em nove queixas-crime intentadas contra si por generais angolanos e uma empresa.

O julgamento, que não tem ainda data marcada, será no Tribunal Provincial de Luanda, acrescentou Rafael Marques á agencia de notícias portuguesa Lusa.

Em causa está a publicação, em Portugal, do livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola".

O activista disse que a notificação que recebeu é a resposta ao pedido de arquivamento das queixas por calúnia e difamação, enviado em Dezembro passado, por ter sido ultrapassado o prazo legal para ser constituído arguido.

No livro, o activista acusou de "crimes contra a humanidade" os generais Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente angolano; Carlos Vaal da Silva, inspector-geral do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA); Armando Neto, ex-Chefe do Estado-Maior General das FAA; Adriano Makevela, chefe da Direcção Principal de Preparação de Tropas e Ensino das FAA.

João de Matos, ex-Chefe do Estado-Maior General das FAA; Luís Faceira, ex-chefe do Estado-Maior do Exército das FAA e António Faceira, ex-chefe da Divisão de Comandos, são outros nomes apontados pelo activista angolano.

Publicado em Portugal em Setembro de 2011, o livro resultou de uma investigação iniciada em 2004 e documenta casos de homicídio e tortura contra os habitantes na região diamantífera das Lundas.

A empresa que figura entre os queixosos é a sociedade mineira ITM Minning Limited.
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