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Rússia e Irão intensificam ataques cibernéticos contra sistema informático, denúnciam agências americanas


Novo alerta é do FBI e da Agência de Segurança das Infraestrutura se Cibersegurança

A Rússia e o Irão intensificam os seus ataques às redes e sistemas informáticos dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que ampliam as suas campanhas de desinformação, na esperança de abalar a confiança dos eleitores americanos a 11 dias da eleição presidencial de 3 de novembro.

O alerta do FBI, a polícia de investigação, e da Agência de Segurança e Infraestrutura e Cibersegurança (CISA, em inglês) surge 24 horas depois de o director de Inteligência Nacional responsabilizar o Irão por lançar o primeiro ataque à próxima eleição, acusando Teerão de estar por trás de milhares de e-mails falsos destinados a intimidar eleitores.

De acordo com o FBI e a CISA, os ataques da Rússia começaram em setembro, visando dezenas de redes de Governos dos Estados e locais envolvidos em actividades que vão da aviação à educação.

O agente cibernético russo conhecido como Beserk Bear "comprometeu com sucesso a infraestrutura de rede e, a partir de 1 de outubro de 2020, retirou dados de pelo menos dois servidores", disseram aquelas agências em comunicado.

Os invasores também conseguiram obter credenciais que lhes poderiam permitir movimentar-se nas redes à procura de informações importantes que poderiam explorar numa data posterior, potencialmente para atrapalhar a eleição presidencial.

“Pode haver algum risco para as informações eleitorais armazenadas nas redes de Governo (a todos os níveis), acrescentou o comunicado, que, no entanto, diz que “o FBI e a CISA não têm evidências até o momento de que a integridade dos dados eleitorais tenha sido comprometida".

As agências não deram mais detalhes, nem quais servidores do Governo foram comprometidos, mas a empresa independente de segurança cibernética Mandiant revela que o comportamento russo parece estar voltado para a eleição de 3 de novembro.

"O acesso a esses sistemas pode permitir a interrupção ou pode ser um fim em si mesmo, levando o agente a aproveitar as percepções de insegurança eleitoral e a minar o processo democrático", disse o director sénior de análise da Mandiant, John Hultquist, em comunicado.

Enquanto os hackers russos parecem contentes, no momento, em ameaçar as redes relacionadas às eleições nos EUA, o FBI e a CISA alertaram na quinta-feira que agentes ligados ao Irão parecem estar em posição de explorar as vulnerabilidades da rede actual.

“Esses agentes conduziram um número significativo de invasões contra redes baseadas nos EUA desde agosto de 2019”, de acordo com o novo comunicado.

“Essas atividades podem tornar esses sistemas temporariamente inacessíveis ao público ou às autoridades eleitorais, o que pode retardar, mas não impedir, a votação ou a divulgação de resultados”, acrescentou a nota.

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