Três membros da Comissão Sindical da Rádio Despertar, emissora ligada ao maior partido na oposição em Angola, UNITA, estão suspensos desde 13 de Outubro e sem data para serem ouvidos pela empresa.
O porta-voz da Comissão Sindical, Pedro Mota, acusa a entidade empregadora de prepotência ao não querer negociar o caderno reivindicativo apresentado em finais de Agosto.
Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Rádio Despertar, Monteiro Kawewe, diz não ser verdade a acusação de Pedro Mota.
Entre os pontos do caderno reivindicativo entregue à administração da Rádio Despertar constam a exigência de melhores condições de trabalho, aumento salarial, pagamento da segurança social e garantia de transportes para os mais de 40 funcionários.
Serrote Simão, primeiro secretário do Núcleo Sindical, Francisco Paulo, primeiro Vogal para a Comunicação Institucional, e Pedro Mota, porta-voz, foram suspensos desde 13 de Outubro.
Mota acusa a entidade patronal de politizar todas as iniciativas levadas a cabo pelo sindicato e apela a uma maior sensibilidade da entidade patronal para resolver o impasse entre a direcçao da Rádio e a Comissão Sindical.
A VOA contactou o director da emissora, Emanuel Malaquias, que nos remeteu para o PCA, Monteiro Kawewe, que, sem gravar entrevista, diz não ser verdadeiros os pronunciamentos de Pedro Mota.
Esta não é a primeira vez que a direcção da Rádio Despertar suspende sindicalistas por reclamarem por melhores condições de trabalho.