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Rádio Despertar recusa negociar com jornalistas despedidos


Sindicato acredita num acordo entre as partes que evite os tribunais

A Rádio Despertar, próxima da UNITA, despediu na sexta-feira, 9, três jornalistas que pertenciam ao Núcleo Sindical na empresa.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) diz acreditar no recuo da Rádio Despertar, na sequência de contactos já feitos junto da direcção da empresa, enquanto o responsável da rádio remete os despedidos para o tribunal.

Sindicato apela a resolução de diferendo entre Rádio Despertar e trabalhadores despedidos - 2:51
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Faustino Henrique, coordenador dos assuntos institucionais do SJA, que revela ter contactado igualmente figuras ligadas à direcção da UNITA, julga ser desnecessário que o processo vá ao tribunal e espera que estas entidades tenham bom senso.

“Pensamos não ser do interesse da direcção da rádio nem do nosso que o assunto vá para outros fóruns”, reiterou Henrique.

A VOA contactou Monteiro Kawewe, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Rádio Despertar, que, sem gravar entrevista, descartou a possibilidade de qualquer negociação entre a direcção e o SJA, mas aconselha os trabalhadores expulsos a recorrerem se assim quiserem.

Entretanto, o jurista Albano Pedro alerta que a classe sindical goza de um fórum especial na legislação angolana que impede que os seus membros sejam despedidos enquanto sindicalistas.

Albano Pedro entende que caso haja residência por parte da entidade patronal só o Tribunal é competente para sanar este diferendo.

Como a VOA revelou na sexta-feira, 9, a Rádio Despertar despediu Serrote Simão, primeiro secretário do Núcleo Sindical, Francisco Paulo, primeiro Vogal para a Comunicação Institucional, e Pedro Mota, porta-voz.

Eles tinham sido suspensos a 13 de Outubro depois de exigirem à Rádio Despertar que satisfizesse o caderno reivindicativo apresentado pelos trabalhadores em finais de Agosto.

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