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Quase 400 soldados angolanos colocados na reserva denunciam abandono das chefias


Forças Armadas Angolanas (Foto de Arquivo
Forças Armadas Angolanas (Foto de Arquivo

Perto de 400 efetivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) que passaram à reserva na quinta região militar sem salário há um mês reclamam ter sido alegadamente retirados do Sistema Integrado de Gestão Financeira (SIGF).

O contingente de 398 elementos está licenciado à reserva no âmbito do término do cumprimento do Serviço Militar e a fase seguinte passaria pela transição à Polícia Nacional (PN), processo suspenso por conta da pandemia de Covid-19.

Para os visados se é compreensível a suspensão do processo de transição para a polícia, o mesmo já não se coloca em relação aos salários e clamam por solução.

“Nós não podemos ser abandonados, nós trabalhámos e cumprimos várias missões, somos militares no ativo mas reservistas. Se o Estado não está capacitado ou não tem dinheiro para pagar os licenciados que nos mande voltar às nossas unidades e aí continuaremos com as nossas atividades”, disse Venâncio Makanga, um dos afetados.

Para Eduardo Jorge, a situação de aperto social torna a vida mais difícil, e lamenta que estejam entregues a sorte.

“Pelo menos que pagassem os nossos salários porque nós temos famílias, vivemos em casas de renda. O próprio Estado quando sabe que precisa do cidadão exige esforço. O processo está parado não nos mandam para os centros, não arranjam solução!”, lamenta Jorge.

O contingente diz ter cumprido o serviço militar na região norte de Angola.

A VOA América tentou sem sucesso ouvir a quinta região militar que compreende as províncias da Huíla, Namibe e Cunene.

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