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Proposta de debate de Dhlakama domina atenções


Campanha de Filipe Nyussi em Mocuba, Província da Zambézia
Campanha de Filipe Nyussi em Mocuba, Província da Zambézia

A ideia é juntar os três candidatos presidenciais moçambicanos num debate público durante o qual cada um iria apresentar a sua ideologia.

Maputo - Os eleitores moçambicanos estão a reagir positivamente ao desafio lançado pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para um debate público com os outros dois candidatos às presidenciais de 15 de Outubro próximo, no sentido de que o mesmo pode ajudar as pessoas a escolherem o melhor programa de governação.

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A ideia é juntar os três principais candidatos presidenciais num debate público, durante o qual cada um iria apresentar a sua ideologia, para ajudar os eleitores na escolha de um Presidente da República para os próximos cinco anos. Dhlakama havia feito uma proposta idêntica nas primeiras eleições multipartidárias em Moçambique, em 1994.

O jurista Salimo Abdula, não tem dúvidas que se trata de uma jogada política inteligente do líder da Renamo, que este ano até entrou tardiamente na campanha eleitoral, encontrando-se numa situação de desvantagem em relação aos seus adversários mais directos, Filipe Nyussi e Daviz Simango, que já estão em campanha há mais de 15 dias.

"Os debates públicos reforçam a nossa democracia que ainda é muito nova e ajudam as pessoas a escolherem o melhor programa de governação", disse.

Salimo diz que com esta proposta, Dhlakama pretende também demonstrar que é um homem aberto ao debate público, mas nega que ele queira aproveitá-lo para fazer campanha através das televisões e rádios, pelo facto de ter entrado tardiamente na corrida eleitoral.

Munira Sulemane, gestora hoteleira, diz que Dhlakama até pode querer aproveitar-se da televisão, que tem um efeito emocional muito grande, mas afirma que a sua proposta ajuda as pessoas a fazerem uma escolha responsável.

O decano dos jornalistas moçambicanos, Paul Fauvet diz ser louvável a ideia de um debate público entre os três candidatos, mas refere que o mesmo não pode ser pretexto para insultos nem difamação.

Fauvet realçou que "não vejo nenhum problema em que haja um debate público entre os três candidatos ás eleições presidenciais, mas é preciso que o mesmo seja devidamente moderado e não constitua pretexto para insultos nem difamação".

A Renamo nega que com esta proposta, Afonso Dhlakama tente minimizar o facto de, com a idade que tem, não poder percorrer o País em pouco tempo, para além da debilidade económico-financeira do seu Partido.

Mas parece que a proposta não tem acolhimento nos partidos que suportam as candidaturas de Daviz Simango e Filipe Nyussi, respectivamente, MDM e Frelimo.

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