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Propinas na Universidade Agostinho Neto abre discussão


Universidade Agostinho Neto
Universidade Agostinho Neto

Maior universidade de Angola estuda introduzir propinas para alunos no período diurno

A Universidade Agostinho Neto (UAN), em Angola, tenciona implementar o sistema de cobranças de propinas aos estudantes, de acordo com o vice-reitor para área de gestão.

Pepe De Gove justifica a medida como forma de suprir as inúmeras dificuldades por que passa a maior universidade pública do país , sobretudo na conclusão do campus universitário.

Analistas e académicos mostram-se divididos quanto a essa eventual medida.

O vice-reitor assegura que se está a trabalhar numa proposta que será, depois, encaminhada às instancias competentes e estudantes da UAN.

A ideia é que os estudantes diurnos paguem propinas mensais, como já acontece com os do regime nocturno.

Manuel Domingos, professor da UAN e sindicalista, diz aplaudir a medida que, a seu ver, pode colmatar as dificuldades de qualidade que a universidade enfrenta.

"Em nenhum país do mundo o ensino superior é gratuito e acho que a medida pode devolver a qualidade que todos pretendemos para a UAN e também é preciso impôr uma certa responsabilidade ao estudante universitário", defendeu Domingos.

Rafael Aguiar, outro professor universitário, discorda.

"Mesmo dentro da UAN, não vai concorrer para a qualidade do ensino como se pensa porque os professores da universidade também são encarregados de educação e alguns dos filhos estudam também”, justificou Aguiar, para quem a medida só vai agravar o nível de vida dos jovens em particular e diminuir o número de estudantes na universidade pública.

Posição intermediária tem o também professor universitário Joao Lukombo Nzatuzola.

"Eu estaria no meio termo, que se criem bolsas de estudos para os melhores estudantes e por outro lado que se verifiquem os rendimentos dos estudantes para que haja um pagamento justo e sem prejuízo para a continuidade da formação dos estudantes", defende.

Por seu lado, o economista e também professor universitário Faustino Mumbica “estão a brincar com a consciência das pessoas porque não se pode aceitar que esta medida avance porque é desnecessária e porque os recursos que existem se forem bem aplicados dá para o gasto da qualidade do ensino que se quer".

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