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Professores têm que pagar e negociar salário para serem contratados, acusa sindicato angolano


Candidatos a posições no funcionalismo público no Huambo têm de pagar para poderem ser contratados e em alguns casos têm que depois negociar o seu salário, diz o secretário provincial do Sindicato dos Professores de Angola (Sinprof).

Professores tem que comprar o lugar e negociar o salário -1:55
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De acordo com Abel José, muitos dos professores são obrigados a negociar o salário para manter o cargo ou ser nomeados e têm que também possuir o cartão de militante do MPLA.

"Os professores são obrigados a tratar o cartão do partido MPLA para manter o cargo ou ser nomeados, outros têm de negociar o salário", garante.

Este cenário acontece numa altura em que o Ministério da Educação realiza concurso público para admissão de novos professores.

Abel José acrescenta ter mantido encontros com o Departamento da Educação no Huambo e a direção do MPLA para derimir essa situação que acaba por descredibilizar a classe docente.

"O partido deve intervir em questões políticas e não em questões técnicas que exigem competência", alerta aquele líder sindical.

Adérito Chimuco, segundo secretário provincial do MPLA diz que tudo não passa de uma manobra de diversão.

"O MPLA nunca coagiu ninguém, temos uma estrutura de funcionamento organizada e isso não passa de mentira", assegura.

Por seu turno, a governadora Lotty Nolika, contactada pela Voz da América, sem gravar entrevista, não desmente nem confirma.

Porém, o titular da pasta da Educaçao na província, Mário Rodrigues, prefere que a justiça faca o seu trabalho.

O advogado Hilário Sambadua afirma que alguns funcionários que participaram nestas negociatas, foram afastados devido ao envolvimento em processos de corrupção.

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