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Professores exigem reconhecimento de anos de serviço na Huíla


João Francisco do Sinprof promete dar luta
João Francisco do Sinprof promete dar luta

Professores do ensino geral na província angolana da Huíla prometem no decurso do presente ano letivo bater-se pelo reconhecimento por parte do Governo do tempo de serviço de vínculo no sector.

A decisão saiu da mais recente assembleia de professores realizada no Lubango, em que os professores entendem tratar-se de uma questão de justiça num assunto com grande impacto na reforma dos reivindicadores.

A professora Edna Carlos não tem dúvidas de que é legítima a exigência do reconhecimento do tempo de serviço.

“Nada é feito do nada. Então se eu já tive algum de trabalho tem que ser valorizado esse tempo para poder contar no futuro. Imaginemos em caso de reforma como fica o tempo passado?”

Para o professor José Rafael, a luta pelo reconhecimento do tempo de serviço é fundamental, mas há mais direitos a conquistar no sector da educação.

“Creio que é o tempo de serviço e subsídios de deslocação e isolamento porque quem trabalha nos municípios lá naquelas áreas longínquas e quem trabalha na cidade não pode ganhar o mesmo salário porque quem trabalha longe está sujeito a gastar dinheiro de táxi, alimentação, alojamento”., afirma Rafael.

Para o Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) na Huíla, o processo iniciado em Janeiro, que permitiu a melhoria salarial de muitos filiados mediante o grau académico, trata-se apenas de uma transição, ou seja, uma parte do acordo com o governo que não prevê o tempo de serviço.

João Francisco, do Sinprof na Huíla, considera o assunto do tempo de serviço inegociável por se tratar de uma questão de justiça.

“É injusto que um funcionário com 30 anos (de serviço) tenha um mês apenas. Na transição devia se contemplar o tempo de serviço porque só foi por essa razão que nós aceitámos e assinamos aquele memorando de entendimento. É a nossa dignidade o tempo de serviço não se negoceia é a diuturnidade e como não se negoceia nós vamos lutar vamos usar a lei para este tempo seja reposto”, justificou Francisco.

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