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Docentes em município de Malanje faltam às aulas e na Huíla alguns não aprovam acordo com Governo


Administração Municipal de Cunda-Dia-Base, Malanje, Angola
Administração Municipal de Cunda-Dia-Base, Malanje, Angola

Na província angolana da Huíla, há professores descontentes com o acordo assinado no sábado, 24, entre o Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) e o Ministério da Educação, que determinou a suspensão da greve prevista para começar na passada segunda-feira, 26.

Entretanto, no município do Cunda-Dia-Base, interior da província de Malanje, muitos docentes não compareceram às aulas desde segunda-feira, para fazer cumprir a greve, entretanto, anulada.

Em município de Malanje professores na voltam ao trabalho – 2:18
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Tudo indica que, como a maioria vive fora do município, eles não tenham sido informados do acordo entre o Sindicato e o Ministério da Educação.

Até ontem “só apareceu um professor da disciplina de inglês da sétima, oitava e nona classe”, disse o funcionário administrativo, Miguel Diembo.

As autoridades estão a “aplicar faltas”, acrecentou Diembo

O administrador de Cunda-Dya-Base, Francisco Muta Cambo, ameaça instaurar processos disciplinares se excederem o número de faltas admitidas por lei.

Por seu lado, o secretário provincial do Sinprof, Graça Manuel, admitiu haver atraso na comunicação da suspensão da greve, pelo facto do encontro entre o sindicato e os representantes do Governo acontecer no final de semana.

“Este documento está a ser distribuído, sabe-se que tudo isso aconteceu no fim-de-semana, pode ser que a informação não chegou a fluir na medida do possível, mas o Secretariado Provincial trabalhou no sentido de dar informações à todos os filiados e estamos a distribuir, quer nas escolas da sede do município (Malanje), quer nas escolas sediadas nos diferentes municípios que compõem a província de Malanje”, disse o sindicalista que pediu aos filiados a retornarem aos postos de trabalho.

Professores descontentes com acordo

Entretanto, na província da Huíla alguns professores não ficaram convencidos com o acordo entre o Sinprof e o Ministério da Educação, que levou à suspensão da greve geral marcada para a passada segunda-feira, 26.

Na Huíla professores com reservas quanto a acordo do SINPROF com o governo – 1:38
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Os professores criticam o desempenho do Sinprof e dizem que a suspensão da greve devia ser antecedida de uma assembleia tal como aconteceu com a decisão da paralisação, tomada no dia 17.

Sem tirar legitimidade dos negociadores com a entidade empregadora, eles entendem que deveriam ser novamente ouvidos antes da suspensão.

Entre os filiados há quem mesmo critique alguns termos do memorando de entendimento, principalmente no que toca aos prazos de alguns pontos nele contido.

“Seria bom que o sindicato antes de tomar a decisão contactar os seus filiados que somos nós os professores”, disse um dos docentes, enquanto outros criticam alguns termos do memorando de entendimento principalmente no que toca aos prazos de alguns pontos nele contido.

“Pediu-se muito tempo para resolver a situação até 2023 é muito tempo e também o tal processo que eles (Governo) alegam vão começar a resolver a partir dos que têm mais de 20 anos de serviço até terminar levamuito tempo”, afirmou um professor.

O secretário provincial do Sinprof na Huíla, João Francisco, compreende as inquietações levantadas pelos filiados, mas valoriza o que chama de avanços obtidos nas negociações.

Sinprof e o Ministério da Educação determinaram fazer a actualização das categorias de 181.624 agentes da Educação entre Maio de 2021 e Janeiro de 2023, de acordo com o tempo de serviço correspondente ao enquadramento de cada agente no sector, a definir em regulamento próprio.

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